Por: Luiz Santos
Já escrevemos neste espaço sobre as dificuldades que o líder da oposição ao governo do estado, ACM Neto (UB), deverá enfrentar até para arrumar uma chapa competitiva para disputar as eleições em 2026. Enquanto Neto fica no seu gabinete fazendo criticas, sem apresentar um plano para resolver os problemas que afligem os baianos, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) caminha a passos largos pelos municípios baianos e tem conquistado a simpatia de aliados de ACM Neto.
Exemplo clássico disso é o prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), liderança forte daquela região. Além de Cocá, vários outros prefeitos e até mesmo o ex-governador e ex-senador da Bahia, César Borges, que fez uma declaração muito afável a Rodrigues. "Confesso aqui publicamente que é difícil encontrar uma pessoa tão cortês, amigo, aberto e de conversa fraterna como o senhor”, afirmou o ex-governador durante um encontro com empresários da região de Borges.
O encontro reuniu mais de 100 representantes do setor produtivo em Jequié, terra natal de César Borges. As declarações de Borges deixaram ainda mais atônita a oposição na Bahia, que, até o momento, não sabe nem se tem um nome pré-definido para disputar uma das vagas ao senado federal. Diz a oposição que está apostando nas "insatisfações do senador Ângelo Coronel (PSD) que pode romper com o grupo petista e aliar-se ao grupo carlista.
A inércia de ACM Neto, que deixa a porteira aberta enquanto a boiada vai passando, pode não ser boa para a política baiana. Uma oposição forte faz qualquer governo trabalhar mais e mais em favor do povo. Como se diz "de grão em grão a galinha enche o papo", Jerônimo vai ganhando da oposição de goleada neste momento.
É claro que ninguém ganha eleição por antecipação ou por WXO, ainda estamos há mais de um ano e meio das eleições para governador, mas os apoios conquistados por Rodrigues podem causar estragos futuros na atual oposição, os efeitos colaterais poderão ser avassaladores e desestruturar qualquer opositor.
Até o prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo de Carvalho(UB), ferrenho opositor ao Partido dos Trabalhadores, já foi cortejado pela cúpula do PT. Alguns entendidos em política apostam na ida de Ronaldo para o grupo comandado pelo senador Jacques Wagner, pelo ministro da Casa Civil Rui Costa e o governador Jerônimo Rodrigues. Dizem que Ronaldo poderia ir para o PSD, do senador Otto Alencar.
Fato é que se essas mudanças vão acontecer ou não, só o tempo dirá. Resta saber quem vai apagar a luz e fechar a porta ao sair. Ou, como brincávamos quando crianças: "quem chegar por último é a mulher do padre”.
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