Quem é o culpado agora?

O mundo foi pego de surpresa. O Brasil acordou atônito com a decisão da justiça espanhola absolvendo o jogador Daniel Alves e declarando-o inocente da acusação de estupro. 

Daniel foi preso em 2023 sob acusação de ter estuprado uma jovem durante uma balada em uma boate, foi condenado pela Justiça, pela imprensa mundial e pelos justiceiros e justiceiras da internet que destruíram a vida do cidadão que agora, depois de ter passado por toda essa humilhação, pagou multa milionária e foi absolvido.

As perguntas que não querem calar são: quem é o culpado agora? Quem vai pagar pelo erro da justiça espanhola? Essa decisão da justiça daquele país mostra que não é só no Brasil que acompanhamos casos estarrecedores de erros judiciais nos quais muitos inocentes são acusados de crime que não cometeram e são presos.

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Ou seja, em países de primeiro mundo também acontecem erros. E para aqueles e aquelas que têm síndrome de vira-lata, que acreditam que nos países do chamado primeiro mundo tudo é maravilhoso e impecável, salvo melhor juízo, eis aí um erro gravíssimo.

Embora a decisão da justiça espanhola não diga que o acusado [Daniel] não praticou o crime, a própria justiça entrou em contradição diante das idas e vindas, o que acaba descredibilizando aquela justiça. Como dizemos por aqui, no Brasil, ‘é melhor cem criminosos soltos do que um único inocente preso’.

Essa decisão da justiça da Espanha nos faz refletir e repensar sobre algumas decisões judiciais mundo afora. Que sirva de exemplo para todos nós homens-héteros, assim como qualquer outro gênero, no sentido de que saibamos respeitar cada vez mais as mulheres, saber que não é não.
Esse erro da justiça não anula o suposto crime cometido por Alves,um dos piores que pode acontecer com uma mulher.

Que Daniel Alves possa ser ressarcido dos prejuízos a ele causados e que outros danos sejam reparados. Embora em nossa modesta opinião, não exista dinheiro que pague o que ele passou, assim como muitos outros inocentes pelo Brasil e no mundo enfrentam em presídios, e, às vezes, não conseguem comprovar sua inocência.