A mobilidade urbana em Feira de Santana tem sido um desafio crescente, com congestionamentos frequentes em diversas vias da cidade. Em entrevista ao Conectado News, o superintendente de trânsito, Ricardo Cunha, destacou as ações que vêm sendo implementadas para reduzir o tempo de deslocamento e melhorar o fluxo de veículos e pedestres.
Segundo ele, a prioridade da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) é adotar medidas que otimizem a circulação sem recorrer a soluções paliativas. "Nosso objetivo é reduzir o tempo entre a origem e o destino das pessoas que conduzem veículos automotores, garantindo também maior conforto aos pedestres", afirmou.
Cunha reconhece que o congestionamento é um problema complexo e sem solução definitiva, mas ressalta os avanços obtidos. "Se alguém tivesse uma solução básica para acabar com os grandes gargalos no trânsito mundial, estaria milionário. No entanto, em Feira de Santana, conseguimos diminuir o tempo de deslocamento em vias importantes como a Avenida Nóide Cerqueira, a Getúlio Vargas e a Presidente Dutra", destacou.
Entre as ações adotadas estão o sincronismo dos semáforos, ajustes nos tempos de sinalização, implantação de conversões à direita e mudanças estratégicas em áreas com grande fluxo de veículos, como regiões próximas a colégios. "Essas medidas já trouxeram resultados expressivos, e em breve apresentaremos dados concretos sobre a economia de tempo desde o início da nova gestão da SMT", garantiu.
Vias críticas e projetos em andamento
Ao ser questionado sobre as vias mais problemáticas da cidade, o superintendente ressaltou que há pelo menos 50 ruas e avenidas necessitando de intervenções. No entanto, algumas já têm projetos definidos. "A duplicação da Avenida Artêmia Pires está pronta para ser executada, e a Getúlio Vargas contará com novas vias alternativas para melhorar o fluxo", explicou.
Além disso, melhorias já estão sendo realizadas na Avenida Nóide Cerqueira, e outras intervenções aguardam apenas a conclusão dos processos licitatórios para serem iniciadas.
Monitores de trânsito e comportamento dos motoristas
Outro ponto abordado foi o papel dos monitores de trânsito na organização do fluxo de veículos e pedestres. Ricardo Cunha afirmou que está reavaliando a necessidade desses profissionais em determinados pontos, especialmente nas faixas de pedestres.
"A faixa de pedestre é para o cidadão parar. Precisamos trabalhar na conscientização para que os motoristas respeitem a sinalização sem a necessidade de um monitor orientando. Infelizmente, ainda há dificuldades nesse sentido", pontuou.
Sobre os semáforos, o superintendente destacou que os equipamentos já possuem sinalização clara, tornando dispensável a atuação de monitores em locais com sinaleiras. "Nosso foco é promover um diálogo com a comunidade para reforçar a cultura do respeito à sinalização", completou.
Sinaleiras inteligentes e circulação de veículos de grande porte
Entre as inovações previstas para o trânsito da cidade, está a implantação das chamadas "sinaleiras inteligentes". O projeto, segundo Cunha, já está em fase de desenvolvimento e deve ser implementado em breve.
Além disso, a SMT também estuda medidas para disciplinar a circulação de veículos de grande porte no centro da cidade, buscando reduzir impactos no trânsito. "Estamos dedicando esforços para que essas mudanças se tornem realidade o quanto antes", concluiu o superintendente.
Com informações: Luiz Santos
Por: Mayara Nailanne
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