O cantor Pierre Onassis da banda Afrodisíaco, em apresentação no Largo da Tieta, no Pelourinho, durante o Carnaval de Salvador, deixou a emoção falar após ser chamado em cima da hora para participar da festa. Artista consagrado com passagem pelo Olodum e responsável por diversas letras de músicas de axé, seu apagamento dos grandes circuitos em um momento de celebração dos 40 anos do ritmo foi sentido.
Ao se apresentar na noite de ontem (4), Pierre foi às lagrimas e afirmou estar destruído pelo apagamento sistêmico que sofre. "Eu tô destruído. Chateado. Mas eu vou continuar fazendo música, porque sou apaixonado por música. Eu sou apaixonado por essa banda. Eu sou apaixonado por Neguinho do Samba.
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Na publicação do vídeo feita na página do diretor musical Lucas Cirillo, Tonho Matéria, artista que também faz parte do movimento, prestou solidariedade ao colega. "Meu irmão não fique assim não, porque querem nos apagar de tudo. Vamos continuar a fazer nossa parte como fazemos com amor e dedicação à nossa Bahia", disse.
Tonho aproveitou também para tecer críticas a postura adotada com ele para liberação de seu trio no Circuito Campo Grande, no domingo (2). "O meu trio pipoca, que seria para sair às 16h, só fui liberado quase 19h. Minha equipe foi para o trio às 13h e todos cansados", disse. "Fiquei na praça Castro Alves esperando a ordem de não sei quem para liberar o Trio Máximo, que foi patrocinado pelo Governo do Estado. Quando entrei na avenida, já estava tudo vazio e os canais de TV todos desligados. Ou seja, os artistas brancos entram com canais de comunicação filmando tudo, além de ter avenida abarrotada de gente. E nós negros, só no bagaço. O racismo é silencioso mesmo", concluiu Tonho.
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