Por Luiz Santos e Hely Beltrão
Em entrevista concedida na manhã desta terça (11), a ex-presidente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, a vereadora Eremita Mota (PP), criticou vetos do então prefeito Colbert Martins (sem partido), a projetos que segundo ela são de grande importância para o município. A vereadora também prestou esclarecimentos sobre os pedidos de informação feitos pela equipe do atual presidente Marcos Lima (UB), reforma do prédio anexo e apoio político.
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"Esses vetos podem ser um grande propósito dele com relação a mim, mas na avaliação dele vetar um projeto de transparência, do cidadão ter um aplicativo no celular, para em tempo real acompanhar os gastos públicos, é um grande retrocesso, uma vez que a tecnologia nos incentiva a avançar, o outro é um projeto que reconhece os povos de comunidades de matriz africana como fortes, lutadoras que sofrem e querem seus direitos dentro da sua ancestralidade, integrantes do patrimônio cultural, vetar um projeto desse entendo como um grande preconceito do ex-prefeito, não tomei com muita surpresa, até porque foi o pior prefeito que o município já teve, uma derrota para Feira de Santana, um retrocesso".
Mota disse que comunicará as comunidades para que pressionem os vereadores para a derrubada do veto.
"Entrarei em contato com as comunidades, estão muito interessadas, os colocarei aqui assistindo a votação para ver se convencem os vereadores a derrubar o veto".
Em entrevista concedida recentemente ao Conectado News, Marcos Lima afirmou que não tinha recebido as informações da equipe de Eremita Mota. A vereadora desmentiu o atual presidente e afirmou que todas as informações estão sendo prestadas.
"Respostas estão sendo dadas, toda semana a equipe entrega algo que eles pedem, não temos como entregar imediatamente, mas o que está sendo pedido está sendo entregue, estou assinando.
Sobre o prazo regimental de 30 dias para prestar as informações, Eremita ponderou: "Depende da data do pedido".
"Isso depende da data do pedido, não sei nem se os pedidos são de Marcos Lima, alguém que está trabalhando com ele talvez querendo fazer um serviço mais detalhado, cada um tem um jeito de trabalhar, toda hora pede uma coisa, e fornecemos, não tem porque não dar".
Sobre a reforma do prédio anexo, a vereadora disse que diferentemente do que foi divulgado, sua gestão não deve nenhum valor e que a responsabilidade pela conclusão agora é de Marcos Lima.
"A questão da reforma do prédio, eu não podia fazer além das minhas contas, tem que ter um limite, ele disse que pretende finalizar a reforma e pronto, até porque o teto e as paredes estavam a ponto de desabar, quando a coisa acontece para o bem, ninguém elogia, tivemos uma equipe técnica para avaliar o prédio e tínhamos receio dele ser condenado, o elevador por exemplo, nunca deu certo, comprou e perdeu virou ruína, deixamos o elevador pronto, está pago, mas é necessário que se termine a estrutura bem feita, nenhum segmento diz que sou obrigada a terminar o prédio a toque de caixa, fazer cobertura de gesso, que pudesse desabar, colocar um vaso sanitário folgado como estava, tem que dar uma estrutura bem feita, se esse prédio da Câmara, não fosse feito como esse telhado, para climatizar, não teria condição de estarmos todos aqui em um local arejado, a nossa intenção é fazer bem feito, terminar de maneira que estrutura a fique adequada e que isso dure".
Sobre a informação de que há um débito de R$ 600 mil reais com a construtora, Eremita negou e afirmou que estava tudo quitado.
"Com relação ao pagamento da empresa está tudo certo da minha parte, daqui para frente independente de quem fosse o presidente, é boa vontade de quem quer fazer, se fosse comigo, estaria junto com a equipe providenciando para deixar o prédio pronto, foi isso que ele nos disse, que tinha interesse em terminar, por que não tem interesse se é uma coisa pública para uso"?
Com relação aos boatos de que pularia para o lado de José Ronaldo (UB), Eremita negou e afirmou que permanece no grupo do governo do Estado.
"Sou muito coerente em tudo que faço, principalmente na política, não há histórico em Feira de Santana de Eremita se elegeu em um partido e está apoiando outro, minha conversa é com Jerônimo, ao lado do partido que apoiei, o PP também continua com a mesma linhagem e eu sigo o PP", concluiu.
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