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Economia Comércio

Com quase meio século de história, bar tradicional de Feira poderá fechar as portas; entenda

Feira de Santana

20/01/2025 14h43
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Luiz Santos
Luiz Santos

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

As redes sociais de sites locais divulgaram uma notícia que caiu como uma bomba em Feira de Santana: a possibilidade do fechamento do Bar Cortiço, que funciona no município há quase meio século. Em entrevista ao Conectado News, o proprietário Waldeck Mascarenhas, confirmou a informação, dizendo que terá de fazê-lo por conta de problemas de saúde.

Waldeck Mascarenhas - Proprietário - Foto: Luiz Santos

"Estou com problemas de saúde, o médico me disse que eu tinha uma decisão a tomar: continuar ou ficar doente até piorar do meu pé, por isso, dei férias coletivas a partir do dia 3 de fevereiro e tenho 30 dias para tomar uma decisão, provavelmente eu não continuarei com o bar, pretendo passar o ponto, vender o que tem dentro e  viver a minha vida". 

Ideia do nome Cortiço

"O nome Cortiço tem uma história, morávamos em uma roça em São Gonçalo dos Campos, tínhamos uma pequena fazenda, em uma quadra tinha um puxadinho com três colmeias de abelha penduradas, nisso veio uma ideia: põe Cortiço. Deu trabalho para consolidar a marca, mas deu certo graças a Deus. Antes do bar, trabalhei com confecções e como taxista".

A Marca 

"Quanto à marca Cortiço, depende da negociação, a marca eu não dou porque foi uma história da nossa roça em São Gonçalo dos Campos, ou vendo ou retiro.

48 anos de história

"Antes tudo aqui era mato, tinha a chácara Reginaldo Caribé em nossa rua, quando cheguei só tinha 3 mesas, foi muito complicado, para se manter 48 anos, crescer degrau por degrau honestamente não é brincadeira nesse país, andar direito, com 20 funcionários, todos registrados". 

Segundo Waldeck, em 2019 ele já apresentava os mesmo sintomas do problema de saúde que hoje o afeta, sendo o pior momento durante a pandemia.

"Tive um problema de saúde em 2019, mesmo problema que tenho hoje, fiquei 4 meses fechado, mas, o maior problema foi na pandemia, quando ficamos sem trabalhar, onde paguei aos 20 funcionários com recursos próprios e com ajuda do governo".

Waldeck diz estar pensativo a respeito sobre o que fazer da vida após deixar o negócio e que não há possibilidade de deixar a empresa para os filhos administrarem.

"Tenho pensado bastante a respeito, pois ficar de segunda a sexta sem ter o que fazer durante o dia, passear cansa, não tenho todo esse dinheiro, tenho vontade de comprar uma pequena chácara para passar o tempo. Tenho três filhas, duas são casadas, uma delas trabalha comigo, mas diz que não trabalha à noite, sábado, domingo e feriados, a bomba fica na minha mão".

Segundo o empresário, o motivo de não poder mais realziar o corte da carne é o que motiva a fechar o negócio, pois não quer que outra pessoa o faça.

Toda carne vendida no Cortiço foi cortada por mim,  esse é o motivo de deixar o bar, não poder mais cortar, não quero por ninguém para fazer isso, estou determinado a tomar essa atitude. Com o tempo aprendemos, vamos errando e acertando o ponto, graças a Deus as pessoas gostam do meu tira gosto". 

A cerveja mais gelada do Brasil

"São 48 anos de praia, a vida nos ensina. Tenho 28 freezers, dá para administrar isso". 

Crescimento 

"Quando o bar era menor, todo ano fechava por um mês, mas o negócio cresceu, também o número de funcionários, a despesa dobrou, não dá mais para fazer isso".

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