Na manhã desta quarta-feira (08), em entrevista ao programa "Lenate A Voz", da rádio Sociedade News FM, Raimundo Neto, gerente regional da Embasa, abordou as denúncias de falta de água em várias localidades de Feira de Santana, especialmente na zona rural.
Raimundo explicou que as dificuldades são mais intensas na zona rural norte do município, nos distritos de Maria Quitéria, Matinha e Jaguara. O aumento da população nessas áreas tem elevado a demanda por água, o que, aliado aos períodos de estiagem, tem afetado o abastecimento. "As fontes de água secam e a população acaba utilizando a água de forma indiscriminada, prejudicando principalmente as áreas mais distantes da rede", afirmou.
Ele destacou que a Embasa tem feito um reforço no abastecimento desde o Natal e que algumas localidades, como Pé de Serra, Candeia Grossa e Água Grande, ainda enfrentam dificuldades, sendo atendidas emergencialmente por carros-pipa. "Nas sedes dos distritos e em Feira de Santana, o abastecimento está regular, mas com redução de pressão em algumas áreas", explicou.
Raimundo Neto também comentou sobre o crescimento desordenado de loteamentos na zona rural, que muitas vezes não seguem as normas da Embasa. "Muitos loteamentos surgem sem a viabilidade técnica da Embasa, e a população faz extensões irregulares da rede, o que dificulta o controle", destacou. Ele revelou que, no ano passado, foram identificados quase 70 loteamentos clandestinos, prejudicando o abastecimento de água.
Sobre o Lago de Pedra do Cavalo, responsável pelo abastecimento da região, Raimundo afirmou que o volume de água é suficiente para atender a demanda, mas que a Embasa está investindo para acompanhar o crescimento da cidade. "A ampliação da estação de tratamento vai aumentar a vazão de 1.500 para 2.250 litros por segundo, atendendo a cidade por até 30 anos", explicou. Em janeiro, uma nova adutora começará a operar, aumentando a oferta de água em 100 litros por segundo.
Em relação às queixas de falta d'água em localidades como Lagoa Suja, em Maria Quitéria, Raimundo pediu aos moradores que fornecessem o endereço completo ou a matrícula da Embasa para que o problema fosse resolvido. "Estamos monitorando 24 horas as pressões na rede e atuando para regularizar a situação", afirmou. Ele também reforçou a importância das denúncias sobre o uso irregular de água, pois isso prejudica o abastecimento das áreas regulares.
Raimundo Neto esclareceu dúvidas sobre o ciclo de cobrança da Embasa. "A fatura pode ser emitida com um intervalo de 28 a 32 dias, o que pode causar a impressão de que a cobrança está sendo antecipada", disse. Ele orientou os consumidores a verificarem as datas de leitura nas faturas para entender o ciclo de cobrança.
Reportagem: Berinaldo Cazumba
Texo: Mayara Nailanne
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