Passagem de ônibus do transporte coletivo de Feira ficará mais cara em 2025; entenda

Por Hely Beltrão

O secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro convocou, através de publicação em edição do Diário Oficial do Município (DOM) da terça (7), uma reunião com o Conselho Municipal de Transporte. Segundo a publicação, o objetivo da reunião é analisar os custos do sistema de transporte coletivo em Feira de Santana.

Como já é de praxe e aconteceu em anos anteriores, a exemplo do último reajuste da tarifa que ocorreu em agosto de 2023, essa reunião tem por objetivo discutir o aumento da passagem de ônibus no município, o que foi confirmado pelo secretário em entrevista ao Conectado News.

"O sistema de transporte tem um custo, alguns municípios no Brasil, de acordo com seus orçamentos, que contam com royalties, grandes arrecadações em função do agronegócio, adotaram a tarifa zero. Precisamos mudar os parâmetros da discussão deste assunto, na verdade o que se discute é quanto o município pode, de acordo com o seu orçamento, financiar a mobilidade daquelas pessoas que não tem condução própria, sobretudo trabalhadores e estudantes que têm horários para cumprir, o trabalho diz respeito à autoestima e a sobrevivência da própria pessoa e da sua família, já está mais que provado que a educação é a forma mais consistente da pessoa pode ter uma ascensão pessoal, profissional, social e financeira na vida, por isso, precisamos garantir com prioridade absoluta a chegada dos estudantes à sala de aula. Nesse sentido, é preciso tentar equilibrar aquilo que o usuário paga com a possibilidade da Prefeitura em bancar parte da passagem, os cálculos indicam a tarifa real do sistema, em agosto de 2023, essa tarifa estava em R$ 8 reais, entretanto, o usuário pagava R$ 4,75, justamente porque a Prefeitura custeia a diferença, o estudante paga meia passagem, que hoje é custa R$ 2,35, para os R$ 8 reais da época, também era subsidiado pela Prefeitura. É preciso parar com essa ideia de que esse subsídio é para dar dinheiro aos empresários, o sistema passa por uma crise no Brasil inteiro, se isso fosse verdade, nos municípios de tarifa zero, seria o paraíso dos empresários, o que não é verdade, nestes locais também existem custos para que alguém coloque o seu dinheiro e disponibilizar ônibus, que tem um valor de R$ 800 mil a R$ 1 milhão de reais, toda uma estrutura de rodoviários, pessoal de apoio, garagem, manutenção, compra de equipamento para fazer o sistema funcionar, por isso, precisamos ter um amadurecimento, racionalidade na discussão desse sistema, porque o que estamos discutindo é quanto a Prefeitura pode subsidiar para que pessoas mais pobres que não tem condução própria e precisam do transporte público para se deslocar. Por isso, determinei à minha diretoria  a realização dos estudos da variação dos componentes de custos desse sistema, no período de agosto de 2023, quando aconteceu o último reajuste da tarifa até os dias atuais, vamos encontrar a tarifa técnica, a real e discutirei com o prefeito José Ronaldo a decisão política de quanto a Prefeitura de Feira pode colocar para ajudar o usuário que precisa do transporte", concluiu.