Após protesto em frente a Unimed Feira, cinco crianças autistas tem o direito a terapia garantido

Por Hely Beltrão

Oito pais e mães que possuem filhos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) realizaram uma manifestação em frente à Unimed em Feira de Santana na quarta (18), cobrando o cumprimento de decisões judiciais que garantem a continuidade do tratamento de seus filhos na clínica de origem ou que comprovadamente sejam qualificadas para atender as crianças. No dia seguinte a esta manifestação, cinco crianças tiveram o seu direito ao tratamento garantido, relatou a mãe Jaqueline Silva Lopes, ao Conectado News.

"Desde setembro deste ano, 34 crianças com autismo estão com o tratamento suspenso, pela Unimed Nacional que tenta transferir essas crianças para uma clínica sem as qualificações necessárias comprovadas para atender aos nossos filhos. Após essa suspensão, todas entraram na Justiça para tentar restabelecer o tratamento na clínica de origem, pois independente da questão da qualificação das clínicas, há um vínculo terapêutico entre profissional e as crianças que não pode ser quebrado, de 34, 17 obtiveram decisões judiciais favoráveis para que o tratamento fosse restabelecido na clínica onde essas crianças já vinham fazendo as terapias, apesar disso, a Unimed continuava descumprindo a decisão judicial de parte dessas mães, na quarta (18), 8 pais e mães de criança com autismo ocuparam a recepção da Unimed, permanecendo lá durante todo o dia aguardando um retorno quanto ao motivo das terapias ainda não terem sido restabelecidas, uma vez que a Justiça determinava o restabelecimento imediato. Saímos de lá no período da noite sem nenhuma resposta, mas, no dia seguinte, o Serviço Social da Unimed entrou em contato com cada um desses pais e mães que estiveram na manifestação e deu um retorno, cinco dessas crianças terão as terapias restabelecidas na clínica de origem, três ainda não foram restabelecidas, sendo que duas ficaram de reavaliar a situação e dar um retorno e uma a Unimed insiste em encaminhar para a clínica que está sendo credenciada mesmo sem comprovar que os profissionais que atuam nessa clínica possuem as qualificações necessárias para atendê-los. Seguiremos acompanhando a situação dessas três crianças bem como das outras 17 crianças que continuam sem decisão judicial a respeito, continuaremos na luta até que a última criança consiga restabelecer suas terapias, agradecemos desde já a cobertura da imprensa  feirense, em especial ao Conectado News para com a nossa luta e pedimos que a sociedade feirense não nos abandone e continue nos auxiliando, divulgando essa injustiça e pressionando por uma solução mais rápida possível, pelo menos cinco crianças poderão iniciar 2025 com suas terapias em dia", concluiu.

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Após a primeira reportagem, o coletivo de mães em Feira de Santana realizou diversos protestos, um em frente ao Fórum Filinto Bastos, ainda no mesmo mês, compareceram às 7 Varas Cíveis do Fórum Filinto Bastos para pedir celeridade ao Judiciário. Em outubro, divulgaram nota nas redes sociais reforçando um apelo de celeridade ao Judiciário baiano. Em novembro, durante protesto frente a Unimed no município, o coletivo de mães relatou que o plano de saúde vem descumprindo decisões judiciais, onde das 16 liminares favoráveis, apenas 9 estavam sendo cumpridas