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Polícia Morte

Suspeitos de participação na fuga de presos em Eunápolis morrem em confronto com a Polícia

Bahia

15/12/2024 14h19 Atualizada há 5 dias
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
oto: Taísa Moura/TV Santa Cruz
oto: Taísa Moura/TV Santa Cruz

Fonte: G1 Bahia

Dois homens suspeitos de participação na invasão ao Conjunto Penal de Eunápolis, no extremo sul do estado, e nas fugas de 16 detentos, na quinta-feira (12), morreram em confronto com a Polícia Militar. A informação foi confirmada neste domingo (15) pela Polícia Civil, mas as mortes foram registradas na sexta-feira (13). Com isso, o número de suspeitos de envolvimento na ação mortos chegou a três.

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Segundo suspeito de participar de ataque em Conjunto Penal morre em confronto com a polícia

Em nota, a PC confirmou as mortes de Fernando Correia Santos, de 35 anos, e David Silva Souza, de 32 anos, após confronto com policiais, em Eunápolis. A ocorrência foi registrada na Delegacia Territorial da cidade.

De acordo com a PC, policiais militares receberam uma denúncia de que dois suspeitos envolvidos na operação de fuga estavam escondidos na região. A nota informa que ao chegarem aos locais indicados, os PMs foram recebidos a tiros e houve confronto.

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Os suspeitos foram socorridos para uma unidade hospitalar que não foi informada, mas não resistiram aos ferimentos, conforme a nota da PC. Durante a ação foram apreendidas duas pistolas e munições, que foram apresentadas na delegacia pelos policiais militares.

Na sexta, a Polícia Civil confirmou a morte de Jaione Santos de Souza, de 33 anos, após ele ter sido localizado por equipes da 1ª Delegacia Territorial (DT/Porto Seguro), Catti Depin e DRFR de Eunápolis. No mesmo dia outro suspeito do crime foi preso.

A invasão ao presídio ocorreu na noite de quinta (12), quando oito homens fortemente armados atiraram contra os agentes de segurança para facilitar a saída dos internos. Dezesseis homens fugiram do presídio.

Fuga foi facilitada por criminosos armados

A fuga foi garantida por uma ação dupla. Segundo o coronel Luís Alberto Paraíso, comandante da Polícia Regional na cidade, os internos perfuraram o teto de uma cela ao mesmo tempo em que um grupo armado invadiu o presídio, atirando nos agentes de plantão.

    "O grupo criminoso veio de fora do presídio, cortou a grade e começou a atirar nas guaritas. Essa troca de tiro sustentou a fuga dos elementos que desceram por cordas e fugiram pelo matagal".

As informações passadas pelo coronel, no entanto, não foram confirmadas pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap). Em nota, o órgão informou que um grupo de homens fortemente armado invadiu o Conjunto Penal e, "após intensa troca de tiros com a segurança da unidade, abriram duas celas e 16 internos conseguiram fugir".

A pasta não soube informar qual a distância entre as celas abertas. A segurança do presídio é feita pela Reviver, empresa que atua na gestão da unidade.

Segundo informações, os invasores dispararam contra as muralhas e torres de vigilância, cortaram parte da cerca metálica com um alicate e acessaram uma das torres próximas ao canil e à horta. No pavilhão B, os detentos usaram uma corda artesanal, conhecida como "teresa", para descer e fugir pela lateral do alambrado. Durante a ação, os homens mataram um cão de guarda do presídio e abandonaram um fuzil calibre 5.56 — fabricado nos Estados Unidos e sem numeração aparente — no local. Dois carregadores com 57 cartuchos intactos também foram encontrados.

Ainda de acordo com o coronel Luís Alberto Paraíso, a Polícia Militar foi acionada por volta das 23h50, tendo chegado ao local 10 minutos depois. Os militares pegaram as fichas dos detentos e de suas visitas e, em seguida, iniciaram as buscas na região. Até o fim da tarde da sexta (13), nenhum fugitivo foi recapturado.

"Nós estamos ajudando desde que fomos acionados. Vamos ajudar a fazer uma revista dentro do presídio e estamos agora criando um centro de infromações", relatou o comandante. A PM acompanha ainda as informações que chegam através do Disque Denúncia para checar a veracidade dos relatos.

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