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2024 é o ano mais quente já visto na Terra, segundo observatório europeu

A expectativa dos especialistas era de que com a chegada da estação chuvosa em outubro, a situação amenizasse, mas ela atrasou em várias áreas e em outras está abaixo da média.

09/12/2024 15h01
Por: Mayara Naylanne Fonte: G1
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ano de 2024 deve terminar como o ano mais quente já visto na Terra. A informação foi confirmada pelo centro europeu Copernicus nesta segunda-feira, 9.

Novembro de 2024 foi o 16º mês, em um período de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais. O número é considerado pelos especialistas como limite para evitar consequências maiores para o clima e sobrevivência na Terra.

Segundo o centro, após o registro, ainda que dezembro não tenha terminado, é difícil que a situação amenize. Com isso, o ano de 2024 deve ser o mais quente já vivido na terra desde o período pré-industrial, de 1850-1900.

Apesar da Terra ter registrado a temperatura limite, ela ainda não se tornou definitiva. Para isso, é necessário que esse número seja repetido em vários anos seguidos.

No Brasil, o calor intenso levou o país a pior e mais extensa seca já registrada em sua história recente. A estiagem deixa milhões de pessoas afetadas, principalmente no Norte do país.

A expectativa dos especialistas era de que com a chegada da estação chuvosa em outubro, a situação amenizasse, mas ela atrasou em várias áreas e em outras está abaixo da média.

O reflexo disso é a terra ainda exposta nos rios no Norte do país e a pouca chuva que cai, seca mais rápido por causa do calor intenso. Além do avanço do fogo, que começa com queimadas ilegais, a maioria ligadas ao desmatamento, mas se espalha pela vegetação seca — como é o caso de Santarém, no Pará.

Segundo a análise do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) em novembro cerca de 400 cidades no país enfrentavam a seca de extrema e severa. No entanto, a previsão para este mês é de que o número chegue a 1,6 mil cidades, afetando do Norte ao Sul do país.

Para além da seca e do calor, a fervura também está trazendo força para eventos extremos. Chuvas como as que aconteceram no Rio Grande do Sul, por exemplo, são potencializadas por causa do aquecimento. Com o calor há mais vapor d’água na atmosfera, o que faz com que os volumes de chuva sejam maiores.

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