Ultimamente basta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar qualquer índice que coloque o Brasil em melhores posições que a dois, três ou um pouco mais de anos atrás, que logo aparecem os 'analistas de economia de plantão' e passam a emitir suas opiniões. Obviamente que muitas destas opiniões, assim como os próprios 'analistas' têm seus interesses e defendem determinado(s) lado(s) os quais, em alguns casos, são seus "'pai'trocinadores".
Como exemplo dessas divulgações, reportamos os dados do início deste mês de dezembro que, segundo o Instituto, dão conta que a economia brasileira cresceu 0,9% no terceiro trimestre do ano em curso, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. Esse crescimento, para o período, se iguala ao da China, ficando atrás apenas da Indonésia e México entre os países do G-20.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em levantamento publicado em 30 de setembro último, havia uma previsão de que o Produto Interno Bruto (PIB) - que é a soma de todos os bens e serviços produzidos num país, estado ou cidade num determinado periodo -, cresça 3,3% em 2024 e 2,4% em 2025. Essa previsão e a concretização desse crescimento em curso encontra respaldo, diz o tudo, na evolução do mercado de trabalho e nas melhores condições de acesso ao crédito. Em outras palavras, há mais gente empregada no Brasil e, consequentemente, mais pessoas estão consumindo neste país.
Obviamente que para o chamado 'MERCADO' todo esse crescimento, essa maior massa de pessoas consumindo deve ser vista com bastante cuidado 'para não gerar maior pico de inflação'. Seja como for, o fato é que, de um lado temos um público ávido para consumir, resultado de uma demanda reprimida de alguns anos e um grupo de empresários interessados em atender esse público. De outro lado temos um grupo de mi/bi/tri-lionários que vivem do capital especulativo e que só atendem aos seus próprios interesses.
Tratando um pouco sobre isso mais cedo, com o amigo Gerson Gomes - de Santo Estevão na Bahia -, em certo ponto da conversa, ele, ironicamente, questionou: "o que é mesmo o Mercado?" Amadoristicamente, eu tentei respondê-lo.
"O mercado é formado por aquele grupo de empresários especuladores que se reúnem, on line, a cada final de tarde - uns em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais... outros em Tóquio, Cingapura, E.U.A [...] -, e discutem, após mais um dia de ganhos financeiros extraordinários, o que vão fazer no resto do dia/noite para explorar ainda mais, no dia seguinte, a classe pobre/trabalhadora/desfavorecida. E mais, em que parcos direitos conquistados a duras penas, às vezes até com a perda do bem maior, a vida, o MERCADO vai mexer para aumentar ainda mais as suas contas mi/bi/tri-lionárias. Esse é o MERCADO".
Não sei se o respondi. Mas é assim que vejo. Ou seja, quanto mais "o mercado fica nervoso", mais ainda nós, os menos favorecidos, ficamos mais pobres.
Por Carlos Alberto Professor e radialista
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