Os remédios para diabete prescritos de maneira off-label para o emagrecimento, a exemplo do Ozempic, Mounjaro e Wegovy, podem causar desnutrição em alguns pacientes. Por conta do consumo dos produtos, esses usuários podem passar períodos maiores sem comer ou com refeições menores, fenômeno natural para o tratamento.
Porém, algumas dessas pessoas podem passar pela desnutrição, que mesmo sendo associada à magreza extrema, se define como carência de nutrientes essenciais para o funcionamento do corpo, como vitaminas e minerais. A falta desses elementos pode causar fadiga e tontura.
“O fato de uma pessoa ter excesso de gordura no corpo não significa que ela tem vitaminas, minerais e fibras suficientes”, disse o médico Marcio Mancini, chefe do grupo de obesidade do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e coordenador do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).
Os médicos têm alertado que o processo de emagrecimento desses medicamentos precisam ser companhado por um nutricionista
“Como diminui a fome e a ingesta calórica, a pessoa acha que quanto menos comer, melhor. Não toma café da manhã, não almoça, vai para a academia e passa mal. Depois, ele atribui esse e outros sintomas, como dor de cabeça, ao remédio”, afirmou o endocrinologista Fábio Trujilho.
Além disso, o procedimento que causa à perda expressiva de peso de 25 a 30%, em média, pode ocasionar ainda má absorção de nutrientes, levando à carência de ferro, anemia, cálcio causando até uma osteoporose, já que remédios à base de liraglutida (Saxenda), semaglutida (Ozempic e o Wegovy), e tirzepatida (Mounjaro) levam à perda de peso superior a 15%.
“O paciente que passa pela cirurgia bariátrica vai tomar vitaminas e minerais pelo resto da vida. Por isso, antes e depois da cirurgia, as vitaminas e os minerais são medidos em exames de sangue para checar se a suplementação está adequada”, afirma Mancini.
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