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Polícia PCC

Funcionário do MPSP é preso após vazar dados sigilosos de processos para o PCC

Brasil

28/11/2024 15h09 Atualizada há 3 semanas
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Foto: Reprodução GloboNews
Foto: Reprodução GloboNews

Fonte: G1

Um servidor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi preso nesta quinta-feira (28) numa operação do órgão que investiga o vazamento de dados sigilosos de processos na Justiça para membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Além do funcionário do Ministério Público, outra pessoa, que não teve a identidade revelada e é alvo de outro mandando de prisão, também é investigada por suspeita de envolvimento no vazamento de informações processuais que envolviam integrantes da facção criminosa. A Justiça determinou também o cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão em locais relacionados aos alvos da ação.

A Polícia Militar (PM) participa da operação dando apoio ao MP na capital paulista, e em outras duas cidades, uma na Grande São Paulo e outra no interior do estado. Os nomes dos demais municípios não foram divulgados.

MP apura invasão do PCC a sistemas da Justiça de SP

Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, criminosos e advogados usaram a senha de um servidor para acessar dados processuais no sistema do Tribunal da Justiça (TJ) paulista.

Mais de cem acessos a partir da mesma senha do servidor foram identificados e os promotores apuram quais processos de fato foram vazados.

Entre os crimes apurados estão os de obstrução da Justiça, violação de sigilo e corrupção. A investigação mostrou por exemplo que as informações de um dos processos foram vendidas para um advogado e repassadas para o crime organizado.

Além de acessar ilegalmente os dados sigilosos, criminosos e advogados usavam as informações vazadas para obstruir e prejudicar investigações do Ministério Público e da Polícia Civil.

Procurada pela reportagem para comentar o assunto, o Tribunal de Justiça informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "não se manifesta sobre investigação em curso nem sobre questões jurisdicionais."

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