Incêndio no Kabanas: estabelecimento não possuía alvará do Corpo de Bombeiros

Por Hely Beltrão

Um incêndio de grandes proporções atingiu o bar Kabanas Music na tarde de domingo (17), na Avenida Fraga Maia, local bastante conhecido em Feira de Santana. Equipes do Corpo de Bombeiros Militar combateram as chamas rapidamente sem maiores danos ao imóvel. Segundo informações recebidas pela redação do Conectado News, o estabelecimento não estava funcionando e passava por reforma desde o início do mês. O Kabanas informou que o local não tinha seguro e também que apenas um segurança estava no local no monento do incêndio.

Em entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, o comandante do 2º GBM (Grupamento de Bombeiros Militar) Adriano Bertolino, deu maiores detalhes a respeito do ocorrido e afirmou que o estabelecimento não possuía laudo do Corpo de Bombeiros.

"Na tarde de domingo (17), o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia foi acionado para atender uma ocorrência de incêndio em vegetação na avenia Fraga Maia em Feira de Santana, de imediato seguiu para esse atendimento uma equipe de combate à incêndio do Segundo Batalhão de Bombeiros Militar. Durante o trajeto, essa equipe recebeu um novo chamado de ocorrência em estabelecimento comercial, um bar chamado Kabanas, localizado em frente ao terreno onde ocorria o incêndio da vegetação. Ao chegar no local, a nossa equipe realizou o combate às chamas do bar, evitando sua propagação para imóveis vizinhos, inclusive um posto de combustíveis. Recebemos informações de testemunhas, de que a fagulha do incêndio em vegetação teria provocado o incêndio no estabelecimento comercial, o que não pode ser afirmado pela Corporação, pois é necessária uma perícia que identifique de fato que isso aconteceu. Vale ressaltar também que a cobertura do bar era composta de material altamente inflamável, utilizado para confecção de esteiras geralmente feitas de taboas secas, também chamado de sapé, além de lastros e pilastras de madeira. Devido à eficiência da nossa equipe, a fachada e os fundos do estabelecimento, especificamente a cozinha, não foram atingidos. É importante ressaltar também, que o estabelecimento não possuía auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, tendo sido notificado em outro momento, fica o alerta para os estabelecimentos comerciais da cidade que se regularize perante a Lei de Prevenção, Incêndio e Pânico do Estado da Bahia. Essa legislação trata de qualquer situação como sinalização e iluminação de emergência para indicar quais as saídas de emergência daquele estabelecimento, a depender da estrutura precisa ter rede de sprinkler (é um dispositivo de combate a incêndios que consiste em um conjunto de chuveiros hidráulicos ligados a um sistema de bombeamento de água) e rede de hidrantes. As pessoas precisam ter essa consciência de buscar o Corpo de Bombeiros para se regularizar e evitar que esse tipo de ocorrência aconteça, inclusive, pessoas daquele estabelecimento poderiam estar orientadas desde o início de como agir para que esse tipo de ocorrência não tome maiores proporções", concluiu.

Parceiros do nosso Programa entraram em contato após exibição da matéria, relatando que para atender as exigências do Corpo de Bombeiros em alguns casos, o valor pode chegar a aproximadamente meio milhão reais para os seguintes itens: engenheiro, elaboração do projeto, taxas a serem pagas ao Estado, para-ráios, hidrantes, reservatório de água de emergência, corredores largos, iluminação, treino de brigada de incêndio, fornecimento de cursos, sendo que o seguro exige o laudo fornecido pela corporação.