Por Hely Beltrão
Um coletivo de mães divulgou nota nas redes sociais na tarde desta quinta (24), relatando que há exatos 30 dias, a Unimed continua negando o tratamento à crianças e adolescentes com TEA (Transtorno do Espectro Autista). A situação foi relatada em matéria do Conectado News em 14 de setembro, através de relatos de mães de Feira de Santana e Salvador, além de advogados que representam as famílias. No dia 19 do mesmo mês, pais protestaram em frente ao fórum Filinto Bastos cobrando providências e celeridade por parte da Justiça.
Na nota, as mães relatam sua luta e os acontecimentos dos últimos dias, sobre outras crianças que tiveram seus tratamentos interrompidos.
Hoje, 24/10/2024, faz um mês que 26 crianças tiveram seus tratamentos de autismo suspensos pela Unimed que tenta força-las a aceitar reiniciar seus tratamentos em clínica credenciada - clínica esta que se nega a apresentar evidências de que tem profissionais devidamente qualificados e capacidade dísiva para atender esta demanda de crianças. No último mês, outras 5 crianças também tiveram seus tratamentos suspensos, totalizando 31. Estas mães vêm há cerca de 1 mês e meio se manifestando e comparecendo semanalmente ao fórum Finlinto Bastos para reivindicar celeridade em seus processos judiciais, onde pedem que os juízes cumpram suas sentenças e liminares garantindo que os direitos destas crianças sejam respeitados e que as crianças continuem tendo atendimento em clínica multidisciplinar ESPECIALIZADA.
Hoje (24/10) elas compareceram novamente ao fórum com cartazes que informavam a quantidade de dias que seus filhos estavam com tratamento interrompido e entregando cartas onde registravam os danos que esta interrupção já vêm causando a essas crianças e solicitando aos juízes urgência no socorro delas e austereza nas sanções à Unimed em caso de descumprimento de suas decisões.
As mães visitaram as 7 varas Cíveis de Comarca e em todas foram muito bem acolhidas pelos servidores. Embora não tenham conseguido falar diretamente com os juízes, as mães mostraram-se otimistas de que suas cartas chegarão às mãos dos magistrados, seus processos serão apreciados e a justiça será feita. As mães também afirmam estar cobrando celeridade do MPBA na investigação da denúncia que fizeram em agosto deste ano e que têm tentado agendar, juntamente com o movimento de mais de 300 mães de Salvador que passam pelo mesmo drama, reuniões com a Secretária de Justiça e Direitos Humanos da Bahia, com a presidência do TJBA e com a Comissão de Acessibilidade do TJBA com a mesma pauta, mas exceto essa última, ainda não tiveram retorno das duas outras.
Elas seguem reafirmando a urgência do caso, ao tempo em que reafirmam que não desistirmos de lutar por tratamento de qualidade para seus filhos.
Aguardamos um posicionamento da Unimed Nacional.
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