Frei Betto é um dos destaques da programação da 5ª Feira Literária Internacional de Canudos

Entre os palestrantes convidados da 5ª Feira Literária Internacional de Canudos (Flican), que acontece na cidade histórica baiana de 23 a 27 de outubro, estão o escritor e jornalista Frei Betto, o lider indígena Juvenal Payayá e a professora e pesquisadora Rita Olivieri-Godet, especialista na obra de João Ubaldo Ribeiro, homenageado do evento este ano. Além das mesas de discussões sobre temas ligados a arte, cultura e literatura, a Flican terá na sua programação oficinas, cursos e apresentações de exposições,  filmes,  peças de teatro e shows musicais. 

Autor de livros, editados no Brasil e no exterior, Frei Betto nasceu em Belo Horizonte (MG). Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Em 1982, venceu o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue (Rocco). Também em1982, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o Prêmio Juca Pato por sua obra Fidel e a religião. Seu livro A noite em que Jesus nasceu (Editora Vozes) ganhou o prêmio de “Melhor Obra Infanto-Juvenil” de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte.  Ele participa no dia 24, às 19h, da Conferência “Literatura como Resistência”, no auditório   José Calasans.

Juvenal Teodoro da Silva, conhecido como Cacique Juvenal Payayá, nasceu em Miguel Calmon, Bahia, em 4 de abril de 1945. Ele pertence à família dos Gameleiras, Índios Payayá. É formado em Economia pela Universidade Estadual de Feira de Santana, ajudou a fundar o Diretório Acadêmico de Economia Onestino Guimarães, concluiu o curso de educação, na Universidade Estadual da Bahia, e também se especializou em administração. É Doutor Honoris Causa pela Universidade do Estado da Bahia. Em 2010, ajudou a fundar e foi diretor  do Movimento dos Povos e Organizações Indígena da Bahia (MUPOIBA). Juvenal será palestrante na mesa  Literatura Indígena: cinco séculos de opressão e saberes, non dia 25, às 10h, também no auditório José Calasans.

Palestrante na Conferência “10 anos sem João Ubaldo Ribeiro”, a professora emérita Rita Olivieri-Godet é especialista na obra do autor. Reconhecida pela excelência de seus trabalhos de pesquisa, foi distinguida como membro Sênior do Institut Universitaire de France. No Brasil, atuou como professora-pesquisadora na Universidade Estadual de Feira de Santana, na Bahia. Suas contribuições foram posteriormente estendidas à França, passando pelas universidades Paris 8 e Rennes 2.

“A exemplo do vemos este ano na sua programação, a proposta da Flican é ser um evento que agrega diferentes forma de conhecimento, a partir da literatura e sempre com foco na reafirmação do papel de Canudos como berço cultural. A feira é um espaço aberto para que o sertão continue a se expressar por meio da arte e da palavra”, destaca o curador da Flican, professor Luiz Paulo Neiva. 

A 5ª Flican, que tem como tema "O Sertão Vai Virar Arte: Viva o Povo Brasileiro, Literatura e Tradições Populares - Viva Canudos!", é promovida pela Universidade do Estado da Bahia (Uneb), com apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação Pedro Calmon, vinculada à Secretaria de Cultura do Estado, do Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC) e da Prefeitura de Canudos. A programação acontece no Campus Avançado de Canudos e em pontos históricos da cidade, como o Parque Estadual de Canudos, o Memorial Antônio Conselheiro, o Museu João de Régis, o Museu Manoel Travessa, o Mirante do Conselheiro e o Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC).