Passadas as eleições municipais de 2024 na Bahia, somente o município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, haverá segundo turno no próximo dia 27. Naquele município o Partido dos Trabalhadores (PT) e União Brasil (UB) disputam com “unhas e dentes” o comando de um dos municípios mais ricos do estado.
Dada a situação em Camaçari, a bússola que direciona a política já virou apontando para 2026. O PT, na Bahia, comandado pelo senador Jaques Wagner, pelo ministro-chefe da Casa Civil Rui Costa e pelo governador Jerônimo Rodrigues, já trabalha visando a vitória do grupo que comanda o estado há 18 anos, aproximadamente.
O governo de Jerônimo Rodrigues e os partidos aliados vão governar 309 dos 417 municípios baianos. Só o Partido Social Democrático (PSD) do senador Otto Alencar abocanhou a maior fatia dos municípios, ao todo foram 115. Esse crescimento do PSD, tem deixado alguns membros da alta cúpula do PT no estado de orelha ardendo e em alerta.
Isso porque, alguns entendem que o PSD cresceu tanto a ponto do PT não conseguir manter o partido debaixo do seu guarda-chuva e em 2026, querer seguir carreira solo. Se isso acontecer, o PSD poderá dar as diretrizes das eleições até lá ou mesmo sai da base do governo e se aliar a oposição.
O Conectado News (CN) conversou com alguns petistas em nível estadual, que preferem não falar abertamente sobre o assunto. Dizem que é “para não causar transtornos”, mas, demonstraram grande preocupação com o futuro dessa aliança entre PT e PSD, pois não se sabe até quando vai durar. Alguns petistas entendem que “já é hora de o partido se preparar para um possível racha do PSD, que não devem ser pegos de surpresa”.
Uma coisa é certa: o PSD, não só no estado da Bahia, mas em nível nacional, é realmente a cereja do bolo atualmente, foi o partido que mais cresceu nas últimas eleições. Para onde for faz grande diferença no eleitorado. Enquanto isso, o senador Otto Alencar está “pianinho”, não fala nada sobre o futuro do partido no estado.
Como em 2026 teremos duas vagas para o Senado Federal, resta saber se o PSD vai romper mesmo com o PT e lançar candidatura própria, se vai indicar o segundo nome para o Senado, ou mesmo, se vai ficar com a vaga de vice-governador na chapa de Jerônimo Rodrigues. Ou ainda se vai para oposição. Quem viver verá! O certo até aqui é que muitos petistas estão com o pé atrás sobre o crescimento do partido aliado.
Por Luiz Santos Radialista e jornalista
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