Por Edvaldo Peixoto e Redação Conectado News
Na manhã desta quinta-feira (19), pais e mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), protestaram em frente ao fórum Filinto Bastos, em Feira de Santana, contra a decisão da Unimed Nacional de trocar a clínica responsável pelo atendimento terapêutico de seus filhos. O grupo, formado por mães atípicas, busca sensibilizar o Judiciário para manter o tratamento nas clínicas atuais, alegando que a mudança pode prejudicar a continuidade e eficácia das terapias.
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Gislene Macedo, mãe de uma criança autista severa e não verbal, contou que seu filho está em tratamento há quase três anos. “Fui informada por telegrama que ele perderia o acesso à clínica onde faz suas terapias. Essa interrupção abrupta afeta o vínculo terapêutico e o desenvolvimento dele. Recorremos ao Judiciário, que determinou que a Unimed se manifestasse, mas a operadora ainda não cumpriu a decisão."
Ela ressalta ainda que a nova clínica sugerida pela Unimed não tem profissionais capacitados para atender crianças com autismo severo. "Eles não apresentaram os currículos dos profissionais e pior, os atendimentos lá são em dupla, não individuais. Para crianças como meu filho, que se comunica por gestos, isso significa regressão. A terapia de uma hora foi reduzida para 30 minutos, o que é insuficiente para garantir o desenvolvimento adequado", afirmou Gislene.
Jackeline Silva Lopes, mãe de outras crianças com autismo, explicou que o grupo busca alertar o Judiciário sobre um abuso cometido pela Unimed e PLAMED em Feira de Santana. “Vinte e sete mães estão protestando contra a mudança forçada de clínicas, que foi decidida judicialmente. A nova clínica indicada não tem a estrutura necessária e a mudança viola a norma 95 da ANS, prejudicando o vínculo terapêutico crucial para a evolução das crianças", declarou.
Jaqueline também alertou que essa mudança pode causar regressões, crises e danos irreversíveis no tratamento. “O tratamento de 27 crianças pode ser suspenso se o Judiciário não intervir. Além disso, há relatos de que a nova clínica realiza atendimentos coletivos, o que é inadequado para crianças autistas”, finalizou.
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