"Onde os dois Zés pisam, não nasce nem erva daninha", diz Carlos Medeiros em sabatina nesta quinta (12)

Aconteceu na manhã desta quinta (12) a primeira entrevista com os candidatos a prefeito de Feira de Santana, um projeto em parceria entre os sites Conectado News e Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, TV e Rádio Geral, Portal MF entre outros. O primeiro entrevistado foi o candidato do Partido Novo, o empresário Carlos Medeiros, respondendo perguntas dos jornalistas Luiz Santos, Reginaldo Júnior e de outros envolvidos na cobertura.

Medeiros propôs diminuir a quantidade de secretarias, aumentar o efetivo da Guarda Municipal, digitalizar a saúde, bolsa para custear mensalidade de aluno em escola particular e outras mudanças importantes no transporte público. O empresário não poupou críticas aos adversários e afirmou: "onde os dois zés pisam, não nasce nem erva daninha".

"Feira de Santana precisa de mudança de verdade, tenho a capacidade, o preparo, a condição de fazer do município um lugar muito melhor, digo isso, porque quando meus concorrentes que estão aí há muitos anos, é a mesma política de sempre, decadente, arcaica na base do “toma lá, dá cá, com inchaço da máquina pública, 32 secretarias para alocar “os amigos do rei”, aquelas pessoas que estão atrás deles, uns 10 a 15 partidos políticos, um lote de puxa-sacos, a grande maioria candidato a vereador, todos com interesses próprios, ninguém pensa na população, sou a esperança, a chance da população de Feira não rezar e chorar na fila das unidades de saúde da Prefeitura, da pessoa comum ter seu filho estudando perto da sua casa com qualidade, melhorar a nossa segurança num trabalho conjunto com as forças policiais, a única esperança da população de retomar o orgulho de que Feira de Santana é nossa, não tem dono, é de cada cidadão, não podemos viver nessa era como se existisse somente duas pessoas capazes de resolver os problemas da cidade, sendo que nunca resolve nada, no horário eleitoral gratuito, as mesmas promessas vazias e mentirosas tudo que já vimos há 20 anos, gente que só vive de passado”.

Diminuição das secretarias e criação de um centro administrativo

"A questão da diminuição das secretarias é simples, é impossível ser ágil com 32 secretarias para administrar, esses órgãos são para alocar os amigos do rei, os puxa-sacos que andam atrás dos políticos, além de alimentar aquele monte de sanguessugas e vereadores que serão comprados, assim que funciona a política, com 32 secretarias não se consegue agilizar o atendimento público, pois em determinados procedimentos será necessário passar por várias secretarias, não há necessidade disso, quanto mais pessoas têm, mais lento fica, vamos acabar com isso, porque com o salário de um secretário você contrata dez guardas municipais, é melhor ter um secretário a mais ou dez guardas? Dobraremos o efetivo da guarda,  queremos uma viatura a pronto atendimento com  pronta resposta de no máximo dez minutos para qualquer lugar da cidade, e para fazer isso, temos que dobrar efetivo da corporação, o salário de um secretário deve dar para pagar 7 enfermeiros, é isso que o povo precisa. Será que a população quer 32 secretários, ou pegar o valor pago a 15 secretários e contratar 150 guardas municipais? É isso que vamos fazer". 

Educação

"Temos que fazer o básico, as escolas devem ter estrutura para o professor e o aluno, que as aulas aconteçam da melhor forma possível, segundo, qualificação do professor, porque o mundo mudou, não se atrai mais um aluno para ficar na sala de aula se não estiver antenado com as coisas no mundo, com o digital, se não tiver uma ferramenta que mantenha a vontade da criança e do adolescente de vir para a aula, atividades esportivas, gincana escolar, jogos olímpicos, trazer o esporte para dentro da escola, se você não tiver uma merenda de qualidade, terceiro, temos que parar de construir escola municipal em qualquer lugar, porque tem lugar que não comporta, um aluno custa cerca de R$ 1.100,00 mês, se você constrói uma escola em um local onde a quantidade de alunos é insuficiente, teremos uma estrutura para atender uma comunidade de alunos pequena, esse custo do aluno vai sair de R$ 1.100 para R$ 5 mil, começa a construir escolas e depois não tem como manter, por isso, vamos levar o Bolsa Educação, que já existe em outros estados, identifica-se uma escola de qualidade próximo da casa do aluno e a prefeitura paga, ele vai ter a merenda escolar, fardamento, o livro, tudo pago pela Prefeitura, sai mais barato e ainda sobra dinheiro para investir numa escola pública municipal que precisa de estrutura, professor e melhorar a qualificação".

Saúde

"É uma vergonha, a porta de entrada do nosso Sistema Único de Saúde é exatamente a consulta com o clínico geral, quando consegue marcar,  dependendo do conhecimento político que se tem, é atendido, se precisar de um especialista, começa o show de horror, você volta daqui há 15, 30, 60 dias para ver se tem uma vaga, pessoas chegam a morrer na espera, temos que mudar essa realidade em Feira de Santana, primeiro, vamos botar tecnologia, em nosso sistema de saúde o cidadão vai poder marcar pela internet através de um aplicativo a consulta dele, não terá interferência política, vamos fazer com que o cidadão tenha o poder de marcar seu próprio exame, isso é totalmente possível, teremos uma saúde digitalizada, ele vai marcar e ser atendido e vai dar nota para o médico, estrutura do atendimento, se foi respeitado e com base nisso teremos o controle, não preciso botar fiscal para saber se o médico está trabalhando ou se o cidadão está sendo bem atendido, porque ele vai dar a nota, com isso, pegamos esses dados e começamos a trabalhar, assim que vai funcionar. Vamos utilizar toda a ociosidade da iniciativa privada, um equipamento de tomografia o hospital particular faz a conta daquele equipamento para trabalhar determinadas horas por dia, no restante do tempo, aquele equipamento fica ocioso, assim, conseguimos negociar um valor mais em conta para aquele equipamento ser utilizado na parte da noite ou madrugada, acabando com as pendências, tudo com respeito ao usuário. Com a marcação digital, teremos um planejamento da quantidade de serviço conforme a necessidade de Feira de Santana e a saúde vai entrar no eixo, com respeito, tecnologia e inovação na forma de negociar, utilizando o serviço da iniciativa privada, resolverá os problemas  relativos à saúde em nosso município".

Transporte e mobilidade urbana

"O sistema de transporte mudou totalmente no mundo, antes o sistema de mobilidade pública era feito com base na quantidade de pessoas transportadas, com a pandemia e o surgimento das plataformas de aplicativo, as pessoas deixaram de usar o transporte público. Atualmente para se locomover em Feira de Santana, o usuário chama três pessoas, divide o valor no transporte por aplicativo e vai, não tem como mudar isso, a tecnologia chegou e vai continuar avançando, não tem como vencer, o que temos de fazer é se unir a ele, trazer as plataformas para dentro do sistema, São Paulo já faz, você compra uma passagem do transporte por aplicativo, roda por ele e o outro trecho pelo sistema público, às vezes não se faz as coisas por falta de projeto, a mobilidade pública em Salvador funciona porque tem projeto, parceria entre governo do Estado e prefeitura, em Feira de Santana, não conseguimos fazer isso andar. Temos que mudar o modelo de remuneração do transporte de pessoa transportada para quilômetro rodado, porque fazendo assim, você tira a pressão do operador, segurando as linhas para entupir de gente, porque quanto mais gente tiver no ônibus para ele é melhor, quando você bota por quilômetro acontece que a prefeitura define, “quero que a linha um passe a cada 15 minutos, a dois a cada 10, com isso, o cidadão começa ter a tranquilidade de que vai ter ônibus, o horário para sair de casa e chegar no trabalho ou em qualquer lugar, voltando assim a utilizar o serviço público".

Para o candidato, o-ex-prefeito José Ronaldo deveria assumir que errou no projeto do BRT.

"Quando você fizer uma coisa errada, reconhece logo e acabou, penso que falta coragem, ele fala de uma maneira muito genérica, o BRT, acredito que ele pegou o dinheiro para fazer outra coisa que não era BRT, que era importante na visão dele e botou o BRT na conta para justificar a verba de maneira oficial, não existe BRT em Feira de Santana. Temos um sistema pronto estudado, só preciso saber a quantidade de usuários do sistema, alimentar e mostrar o que temos para Feira de Santana, o usuário comprará a passagem, o transporte por assinatura, um passe para um dia, três dias, 10 dias, vamos chamar as empresas e oferecer uma assinatura para os funcionários, pois queremos que as pessoas circulem e volte, para isso, tem que ter conforto e confiabilidade".

 Assista na íntegra abaixo.