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Saúde Dor

Dor é sintoma mais dominante na Covid longa, diz estudo

Dor pode ser o sintoma

30/08/2024 06h26
Por: Ana Meire Fonte: Conectado News
Foto Gety imagns
Foto Gety imagns



Dor pode ser o sintoma mais prevalente e grave em pessoas com Covid longa, segundo um novo estudo liderado por pesquisadores da University College London (UCL). O trabalho, publicado no JRSM Open na quarta-feira (28), mostrou que diferentes tipos de dor são os sintomas mais comuns de quem sofre com a condição, atingindo 26,5% dos participantes da pesquisa.
A Covid longa é uma condição caracterizada pela persistência de sintomas relacionados à doença por mais de quatro semanas após o fim da infecção. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), entre 10% a 20% das pessoas infectadas pela Covid-19 apresentam sintomas de Covid longa, em média. No Brasil, um estudo da Fiocruz identificou que cerca de 50% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 apresentaram sintomas pós-infecção.
O estudo analisou dados de mais de mil pessoas na Inglaterra e no País de Gales que registraram seus sintomas em um aplicativo entre novembro de 2020 e março de 2022. Segundo a análise, a maior parte dos participantes relataram dor, incluindo dor de cabeça, dor nas articulações e dor de estômago.
Além deles, outros sintomas relatados foram problemas neuropsicológicos, como ansiedade e depressão (18,4%), fadiga (14,3%) e falta de ar (7,4%). A análise descobriu, ainda, que a intensidade dos sintomas, particularmente a dor, aumentou em 3,3% em média a cada mês desde o registro inicial.
Fatores demográficos e de gênero também impactaram os sintomas
Segundo os pesquisadores, fatores demográficos também mostraram ter um impacto na gravidade dos sintomas. Pessoas mais velhas tinham sintomas mais intensos, com aqueles com idade entre 68 e 77 anos relatando 32,8% mais sintomas graves. Já aqueles com idade entre 78 e 87 anos experimentaram um aumento de 86% na intensidade dos sintomas em comparação com a faixa etária de 18 a 27 anos.
Fatores de gênero também demonstraram impactos divergentes. No estudo, as mulheres relataram 9,2% mais sintomas intensos, incluindo dor, em relação aos homens. A etnia também influenciou nos resultados, com pacientes não brancos relatando 23,5% mais sintomas intensos de Covid longa em comparação com pessoas brancas.

 

Fonte CNN Brasil

 

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