"Somos contra por questões políticas", diz Jhonatas Monteiro sobre discordância com o nome de Sandro Nazireu para o vice de Zé Neto

Após as convenções ocorridas no último fim de semana, que definiram os vices dos principais candidatos a prefeito de Feira de Santana, o único nome que não houve objeção, foi a indicação de Franklin Franco (NOVO) para vice de Carlos Medeiros (NOVO), nas demais, houve discordância na base de José Ronaldo (UB) quanto a indicação do deputado estadual Pablo Roberto (PSDB), onde um grupo de 30 pastores estariam descontentes com a escolha por entenderem que a escolha não reflete os seus valores e a quase saída do PDT, na base de Zé Neto (PT) quanto a indicação do cantor evangélico Sandro Nazireu (Podemos), por um dos partidos aliados, como o PSOL.

Ao Conectado News, o vereador Jhonatas Monteiro (PSOL) relatou que a divergência não se dá por questões religiosas, mas políticas, por conta de Nazireu ter declarado apoio a Bolsonaro nas eleições de 2022. Ainda segundo ele, apesar dessa discordância, o grupo decidiu permanecer apoiando a candidatura de Zé Neto, por entender que a vitória de Zé Ronaldo seria um mal maior.

"Realmente não estivemos presentes da convenção, realizamos um evento entre o PSOL e Rede Sustentabilidade um pouco mais cedo da União por Feira, utilizamos o sábado para fazer o debate político em torno desta questão do vice, dentre outros problemas que temos localizado dentro da campanha de Zé Neto, externamos esse pensamento ao próprio deputado federal, que conversou comigo e com o secretário geral do PSOL no município e tem participado das reuniões do conselho político da campanha majoritária, sinalizamos a necessidade do debate político no conselho em torno dos problemas localizados e fundamentalmente qual é a questão, o nosso problema com o nome de Sandro Nazireu não é de ordem religiosa, até por que a primeira candidatura que o PSOL teve em Feira, onde eu fui o candidato, teve como vice um pastor, que é de denominação batista, mas, uma pessoa com uma trajetória de defesa dos direitos humanos, engajamento social, o problema com a escolha do vice do PT é o perfil político, entre a quinta (1) e a sexta (2), quando houve a discussão para o nome do vice, não foi apresentada uma caracterização completa, apenas que era alguém evangélico, cantor gospel, mas não houve a menção do apoio político a Bolsonaro (PL) em 2022, ACM Neto (UB), faltou franqueza na apresentação de qual é o perfil, até para que se fizesse o debate político com clareza, estamos em um processo de campanha e é importante que as coisas sejam colocadas de forma mais aberta. Sinalizamos esse conjunto de problemas, solitariamente a nossa posição é contrária a escolha, estamos dizendo isso publicamente, inclusive, apresentaremos uma nota por que as pessoas tem perguntado sobre isso, porém, nos mantivemos na coligação, é uma outra coisa que as pessoas tem perguntado, entendemos que existe um risco maior hoje no município, a continuidade do abandono que Feira de Santana vivencia, principalmente nas periferias e comunidades rurais é esse o sentimento das pessoas, que os serviços públicos são precários ou inexistentes, o risco de um retrocesso ainda maior, pois o ex prefeito José Ronaldo (UB) se coloca mais uma vez como candidato sem nunca ter saído do governo, mas agora, escancarou sua aliança com o Bolsonarismo, a extrema direita, tanto é que recebeu o apoio do seguimento, não apenas de indivíduos organizados. Diante desse cenário de retrocesso, o PSOl tomou a posição de apoiar a candidatura de Zé Neto, de estar na União por Feira, por que entendemos que existe um problema maior atualmente no município apesar das diferenças que continuamos tendo, com Zé Neto, o PT e outras forças políticas, hoje fala mais alto o interesse do povo do município, que para nós significa interromper esses 24 anos do mesmo grupo político controlando a Prefeitura em Feira de Santana", concluiu.