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Feira de Santana Saúde

"É onde existe a maior dificuldade de diálogo", diz secretária estadual sobre a saúde em Feira

Roberta Santana

07/08/2024 11h12 Atualizada há 2 meses
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Maiane Pereira
Maiane Pereira

Por Luiz Santos e Hely Beltrão

A secretária Estadual de Saúde, Roberta Santana esteve na manhã desta quarta-feira (7), convocou uma coletiva de imprensa no auditório do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) em Feira de Santana, com o intuito de divulgar os resultados da saúde no município.

Foto: Maiane Pereira

Ao Conectado News, Roberta apresentou os resultados de sua gestão na saúde e criticou a gestão municipal, ao qual afirmou que as ações na saúde tem sido insuficientes.

Secretária Estadual de Saúde, Roberta Santana - Foto: Maiane Pereira

"As ações são insuficientes, precisamos qualificar sobretudo para garantir que tenhamos os profissionais de saúde exercendo suas funções dentro das unidades básicas de saúde (UBS), em um município onde 20% da população não tem acesso a nenhuma porta de entrada segundo dados do Ministério da Saúde (MS), se tenho uma cobertura de 80%, significa que os demais não tem acesso a um posto de saúde funcionando, na saúde bucal, temos uma cobertura de apenas 20%, ou seja, 80% dos feirenses não tem acesso a um dentista pelo SUS (Sistema Único de Saúde), essa é a leitura que a população deve entender, o município não consegue atender na plenitude em que se espera e isso traz reflexos importantes na rede de alta e média complexidade quando a atenção primária não é eficaz". 

Segundo a secretária, Feira de Santana é o município mais difícil de dialogar no que se refere a ações conjuntas na área da saúde.

"Quero entender por que isso não acontece, a governança do SUS tem fóruns de discussão, os municípios se reúnem, discutem as questões de assistência da sua região, depois se reúnem com o governo do Estado. A nossa porta sempre esteve aberta o tempo todo, queremos sentar com os município de uma forma geral, esse é um pedido do governador Jerônimo Rodrigues (PT), não posso aceitar, como tivemos no ápice da crise da dengue, receber o Ministério da Saúde por intenção de ajudar, pois os números da dengue estava crescendo, mas nos deram a entender que não precisavam do Estado para chamar o MS, não é sobre isso. Fomos em Vitória da Conquista por exemplo, estado e Ministério da Saúde realizaram uma ação conjunta com o município, quero entender essa resistência. Feira de Santana é onde a maior dificuldade de diálogo para pensarmos a saúde do município, lembrando que a situação atual da saúde no município não é algo pontual que começou agora, é a construção de um projeto que nada fez".

Atendimento média e alta complexidade 

" Segundo os nossos dados, ampliamos em 20%, os atendimento da regulação cresceram em 13%, reflexo da assistência da prevenção, o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) fez mais de mil neurocirurgias em um ano, estamos falando da mais alta complexidade, resultados muito positivos, tanto no âmbito da Oncologia, restabelecemos na Santa Casa a cirurgia de cabeça e pescoço oncologica, suspensa pelo município. A alta complexidade neste caso é de responsabilidade do município, o serviço de cabeça e pescoço foi por eles retirado e nós contratamos como Estado, se o recurso vem para a Prefeitura, o estado não tem obrigação de fazer, mas temos compromisso com a saúde e restabelecemos, essa foi a determinação do governador".

Traumatologia

"O ortotrauma ocorre por fatores de causas externas, por conta de acidentes automobilísticos, Feira de Santana está em um entroncamento rodoviário, tudo resguarda no HGCA, que é uma grande referência, mas pedimos também a conscientização da população. Nesta situação temos responsabilidade dos dois entes, estado e município. O município no que se refere ao serviço de trânsito para garantir a fiscalização, o estado tem de cuidar para que esses acidentes não ocorram, mas sobretudo do cidadão que tem responsabilidade para evitar ultrapassagens complicadas, mas sim, o ortotrauma é a maior é demanda do hospital atualmente". 

Roberta concluiu aifrmando entender que os recursos enviados pela União, tanto para estado e município são insuficientes, mas, disse que falta vontade política do gestor em Feira ao comparar o montante investido pelo Estado no município.

"Se formos discutir no que se refere ao financiamento do SUS, ele existe em todo o estado, mas temos o compromisso e a responsabilidade do gestor, se apresentarmos números que a União disponibilizou sobre o governo do Estado, o dinheiro não é suficiente para realizar todo o trabalho que tem sido feito, o que o governador faz? Determina o que é prioridade, sabemos que os recursos são insuficientes, mas o gestor pode aportar recursos, como o governo do estado tem feito, onde já foram investidos na saúde de Feira de Santana mais de R$ 500 milhões, sendo que só recebeu da União R$ 82 milhões".

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