Os quilombolas na Bahia ainda enfrentam piores taxas de analfabetismo e condições de saneamento em comparação com a população geral, segundo dados do Censo Demográfico 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Naquele ano, 13,4% dos quilombolas baianos viviam em domicílios com acesso inadequado aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto e destinação final do lixo, proporção que é mais que o dobro da população geral, com índice de 6,6%.
A situação é ainda mais grave nos territórios quilombolas delimitados, onde 17% dos cidadãos não têm acesso a esses serviços básicos. Especificamente em relação à coleta de esgoto, a fossa rudimentar era o destino para o esgoto de 58,7% dos quilombolas, indicando uma grande desigualdade em comparação à população geral.
No âmbito da educação, a taxa de analfabetismo entre quilombolas baianos era de 18,3% em 2022, 45,1% maior do que a média da população geral do estado, que era de 12,6%. Em algumas regiões, como Salvador, essa taxa chegava a 8,1% entre os quilombolas, mais que o dobro da média geral da capital, que era de 3,5%.
A Bahia possui o maior número de quilombolas do Brasil, com 397.502 pessoas se identificando como tal, representando 29,9% do total nacional de 1.330.186 quilombolas. No entanto, apenas 5,2% dessa população vivia em territórios oficialmente delimitados em 2022, um percentual baixo em comparação com a média nacional de 12,6%. Além dos territórios delimitados e comunidades certificadas, o mapeamento identificou 1.814 localidades quilombolas na Bahia, informadas pelas pessoas que se declararam quilombolas na pesquisa.
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