"Não direi que isso nunca poderá acontecer", diz Carlos Medeiros sobre a possibilidade de renúncia para apoiar Zé Ronaldo

Reportagem: Luiz Santos, Maiane Pereira e Hely Beltrão

Após o deputado estadual Pablo Roberto (PSDB) anunciar nas redes sociais a retirada da sua candidatura a Prefeitura de Feira de Santana, fortes especulações sobre uma possível renúncia do pré candidato do partido Novo, Carlos Medeiros, com o intuito de apoiar o ex prefeito José Ronaldo (UB), começaram a circular nos bastidores da política feirense. Na manhã desta quinta-feira (18), em entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM, Medeiros negou a desistência de sua candidatura. "Continuamos firmes e fortes. Enxergo a desistência de mais um candidato extremamente positiva para a nossa campanha", disse.

O pré candidato deixou claro que é necessário a reformulação da política no cenário feirense e afirma ser a única via diferente, porém, deixou em aberto a possibilidade de uma desistência e apoio a José Ronaldo. "Somos a única via de uma política diferente, técnica, inclusiva e que coloque oportunidade para todos e não para as mesmas patotas. Sobre os apoios, não direi que isso nunca poderá acontecer, não vai acontecer, essa é uma palavra muito forte, o que posso dizer é que no momento não vejo um caminho para que possamos abrir mão de nossa candidatura".

Questionamos Medeiros acerca de alguns posicionamentos do partido em Brasília, no qual respondeu que o partido tem uma posição firme diante de alguns temas e que não faz parte do Centrão.

"Não tem nada a ver com o Centrão, nosso partido tem posições fortes e firmes. Ter um diálogo não quer dizer que vai aderir a outra proposta. É um partido de Direita não só no que fala mas também no que vota, propõe e existe a coerência que é difícil de ver".

Ao ser questionado sobre o uso do Fundo Eleitoral, algo que o partido antes era contra, Medeiros disse que a posição do partido não mudou, mas que o partido passou a utilizar para concorrer em igualdade de condições com outros partidos, uma vez que o financiamento privado de campanha está proibido

"Somos contra o uso do dinheiro público, acreditamos que os partidos deveriam ser mantidos pelos afiliados, mas enquanto não conseguir mudar a regra vamos utilizar para conseguir ter o mínimo de competitividade dentro da política", concluiu.