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Polícia Operação El Patron

Exclusivo: Coronel da PM/BA e deputado são indiciados pela PF pela prática de lavagem de dinheiro e ocultação de bens

Resultado da Operação El Patron

16/07/2024 09h18 Atualizada há 1 mês
Por: Hely Beltrão Fonte: Conectado News
Divulgação
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Reportagem: Hely Beltrão

O deputado estadual Binho Galinha (PRD) e o tenente coronel da Polícia Militar da Bahia, Hildon Lobão, foram indiciados pela Polícia Federal na segunda (15), pela prática de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, no âmbito das investigações da Operação El Patron, deflagrada em 7 de dezembro de 2023, na qual 10 pessoas foram presas, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na lavagem de dinheiro provenientes do jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada de uma organização criminosa que agia em Feira de Santana e região.

Além disso, houve o bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além do bloqueio de atividades econômicas de seis empresas.

Em 29 de junho deste ano, ocorreu a Operação Hybris III, último desdobramento da operação El Patron, com o objetivo de dar continuidade às investigações para identificar outros possíveis envolvidos na organização criminosa. Com esta última operação, a PF contabiliza quatro operações no âmbito da El Patron, tendo sido deflagrada a segunda fase, no dia 09 de abril com o nome de Operação Hybris, na qual foi apontado um suposto envolvimento de um militar de alta patente em Feira de Santana e a terceira, de nome Hybris II, em 22 de abril.

Além do deputado estadual Binho Galinha (PRD), alvo principal da operação, que está em liberdade por conta do foro privilegiado, foram presos alguns policiais militares envolvidos no esquema, sendo transferidos para um presídio federal em 16 de janeiro de 2024.

Além dos desdobramentos na parte de investigação, a operação sofreu alguns reveses no âmbito judicial, a exemplo da desistência de dois magistrados que se declararam suspeitos de julgar os casos alegando foro íntimo, a primeira declaração de suspeição foi do juiz Wagner Ribeiro Rodrigues no dia 02 de maio, a segunda, foi no dia 22 do mesmo mês, onde a juíza Ivonete de Souza Araújo declarou-se impedida pelo mesmo motivo. Somente em 11 de junho, a juíza Márcia Simões Costa assumiu o caso, já atuando no processo, retirando o sigilo de todos os feitos relacionados.

A redação do Conectado News entrou em contato com os citados na reportagem, ambos não responderam até a publicação desta reportagem.

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2 comentários
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José Carlos SilvaHá 1 mês Feira de SantanaOs Deputados Estaduais, juntamente com seu Presidente Adolfo Menezes, deveriam ter vergonha e votar a cassação.
João Há 1 mês BahiaSe investigarem mais à fundo, certamente alguns membros do poder judiciário serão encontrados como supostamente envolvidos.
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