"A forma como o animal é criado, influencia nas suas ações", diz adestrador sobre comportamento de cães da raça Pitbull

Por Maiane Pereira e Hely Beltrão

Um Pitbull atacou 3 pessoas no sábado (13) em um condomínio do bairro Vila Olímpia em  Feira de Santana, o que levantou mais uma vez a discussão sobre a raça e quais posturas devem ser adotadas por parte da administração do local nesse tipo de situação.

Oziel Batista, síndico profissional, ressaltou ao Conectado News, que cada condomínio possui uma forma de punir o tutor do animal. "O dono é passível de ser multado, se já foi notificado previamente e se houver reincidência, ele será multado. Já em outros, prevê a aplicação de multa direta", disse.

Quanto ao questionamento sobre a proibição de pets dentro dos condomínios, Uziel destaca: "não é recomendado ao síndico levar para apreciação em assembléia, tanto para regimento ou convenção, pois o condômino tem o direito de utilizar a sua casa da forma que quiser, desde que não coloque em risco seus vizinhos".

Adestrador Marcelo Azevedo

Ao Conectado News, o adestrador Marcelo Azevedo, afirmou que o cão agirá conforme criação do dono.

"O correto é que a pessoa não faça movimentos bruscos ou grite, pois o cão entende como uma afronta e potencializa a ação. O Pitbull não é um cão agressivo, é a forma e por quem ele é criado. Muitas vezes, querem fazer o cachorro morder, brincar de pneu, cabo de guerra e isso estimula a agressividade do animal".

Em Feira de Santana foi criada a Lei Municipal, onde os cães de guarda devem usar focinheiras. Mas Azevedo destaca: "para que seja usado o acessório, é preciso treinar o cão, pois ele pode interpretar de maneira negativa e problemas de comportamento podem surgir", concluiu.