Setor de Serviços contrata mais do que o comércio em Feira, afirma diretor da Casa do Trabalhador

A taxa de desemprego do país no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%, uma queda de 0,9 ponto percentual na comparação com o mesmo trimestre de 2023 (8,8%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a mais baixa da série histórica do primeiro trimestre em 10 anos - até então, o menor índice tinha sido registrado no primeiro trimestre de 2014, com 7,2%.

Fábio Souza, diretor da Casa do Trabalhador de Feira de Santana, afirmou em entrevista ao Conectado News, que os números tem sido bastante positivos no município, com destaque ao setor de serviços. Ainda segundo Fábio, apesar dos ótimos números, a falta de qualificação da mão de obra ainda tem sido um grande desafio.

"Tivemos bons números no primeiro semestre, apesar dos dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) só estarem atualizados até abril, o município se mantém com números positivos entre admissões e desligamentos, só em abril, 659 de saldo positivo, bons números se considerarmos a taxa de desemprego atual, Feira de Santana se mantém no cenário nacional sempre contratando".

Geração de emprego segundo semestre

"A expectativa é a melhor possível, para se ter ideia, até abril, o município já acumula mais de 20 mil admissões, ou seja, temos um total de 20.967 contratações, a expectativa de abril a julho é a melhor possível, uma vez que Feira de Santana há muitos anos vem mantendo números positivos e acreditamos que esses números serão ainda melhores no segundo semestre".

Perfil de trabalhador mais procurado pelas empresas

"Como temos um número muito grande de vagas, para se ter ideia, somente nesta terça (25) temos 13 vagas abertas na Casa do Trabalhador, não existe um perfil específico, o que as empresas têm solicitado ultimamente são pessoas qualificadas para ocupar as vagas de emprego, ou seja, para concorrer a vaga de auxiliar administrativo você deve ter cursos na área, mas a nível de perfil são os mais variados, depende da vaga oferecida pelo contratante".

Repetição de vagas

"São dois fatores, um é a demanda crescente, os contratantes precisam cada vez mais de mão de obra, porque a economia está melhorando, as empresas crescendo e por isso precisam de pessoas qualificadas, outro motivo é não ocupação, encaminhamos as pessoas para as vagas de emprego e durante a entrevista o contratante percebe que ela não está qualificada para assumir a vaga, fazendo com que retorne para a Casa do Trabalhador".

Qual o setor que mais emprega?

"Desde a pandemia quem mais contrata em Feira é o setor de serviços, que cresceu muito no país, a oferta de serviços que o cidadão precisa tem ido para mais próximo dele, como delivery, para se ter ideia, o setor de serviços até o mês de abril contratou quase 5 mil pessoas a mais que o comércio, com 10.565 enquanto o comércio contratou 5.299".

Qualificação

"Percebe-se que desde a pandemia as empresas ficaram mais seletivas, e querem pessoas mais qualificadas para ocupar essas vagas, temos um problema muito sério que não acontece somente em Feira de Santana, mas no Brasil inteiro,  porque o contratante está cada vez mais exigente, precisa mesmo de mão de obra qualificada e o trabalhador muitas vezes não está apto a ocupar essas vagas por falta de qualificação profissional. Orientamos ao trabalhador que se propõe a fazer um serviço, que ele se qualifique na área que deseja ocupar, a Casa do Trabalhador no momento não disponibiliza cursos de qualificação, mas, o município tem uma tem um departamento chamado Qualifica Feira, que oferece cursos de qualificação profissional para os trabalhadores do município, os funcionários que desejam se qualificar, podem procurar este departamento da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDESO), se o trabalhador tiver o perfil, pode se candidatar a uma vaga e fazer uma curso de qualificação profissional", concluiu.

Reportagem: Onildo Rodrigues e Hely Beltrão