As quadrilhas juninas em Feira de Santana estão empenhadas em revitalizar as tradições do São João e São Pedro, após um longo período de inatividade. Mari Falcão, coordenadora das quadrilhas, explicou que a preparação para as apresentações exige um esforço contínuo durante o ano todo. As quadrilhas, especialmente as estilizadas, começam a planejar o tema do ano seguinte já em agosto e iniciam os ensaios e confecção de figurinos a partir de novembro.
Mari destacou que, apesar da dedicação e criatividade dos grupos, a questão financeira é um desafio constante. As quadrilhas dependem de campanhas como rifas, bingos e doações via PIX para se sustentar. Embora a prefeitura ofereça uma ajuda de custo, esta geralmente só chega após o São João e não cobre todas as despesas. Em 2023, muitas quadrilhas enfrentaram dificuldades adicionais devido à falta de apoio do Estado, o que impediu algumas de terminarem seus figurinos e se apresentarem no Arraiá do Comércio.
A cidade conta com 25 quadrilhas catalogadas, das quais 20 são tradicionais e 5 são estilizadas. As quadrilhas tradicionais mantêm práticas como o "olha a cobra" e seguem uma sequência de músicas, enquanto as estilizadas desenvolvem temas específicos a cada ano, integrando elementos teatrais e coreografias elaboradas. Apesar das dificuldades, a parceria com o Arraiá do Comércio tem funcionado como uma amostra das quadrilhas, preparando o terreno para a possível retomada dos concursos e festivais no ano que vem. "Estamos empenhados em reviver o movimento junino e manter essa tradição viva, apesar dos desafios", concluiu Mari.
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