Um evento como a Micareta de Feira movimenta a economia, através dos turistas que gastam o seu dinheiro no município, seja nos restaurantes ou nos hóteis. Em entrevista ao Conectado News, o presidente da Associação de Bares, Restaurantes e Hotéis de Feira de Santana, Getúlio Andrade, afirma que o período junino é melhor para o setor em Feira do que a Micareta.
"Em nome do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do qual estou presidente, da Câmara Técnica de Turismo Caminhos do Sertão, que é um colegiado composto por 12 municípios, sendo Feira de Santana mais 11 municípios e de uma terceira entidade que será instalada no dia 25 de abril, o Convention Bureau, uma entidade de mercado. A nossa expectativa é positiva, sabemos que a festa a cada ano tem suas especificidades, o segmento está preparado para receber os visitantes e turistas que vêm aproveitar os festejos".
Segundo Getúlio, o São João é mais rentável para o setor em Feira do que a Micareta.
"Sim, agrega pouco, pois há um problema, as pessoas que vem fazer a festa, as grandes bandas, dada a proximidade da capital, vêm, se apresentam e retornam para Salvador, essa fatia acaba não deixando recursos financeiros na cidade. As pessoas que vêm trabalhar no evento, como o pessoal do policiamento, têm a necessidade de utilizar os hotéis. Surpreendentemente, o período de São João para hotelaria agrega bem mais, por que acontece o processo inverso, todas as bandas que vem tocar nas cidades próximas tem Feira de Santana como apoio a nível de hospedagem, junho do ponto de vista da hotelaria é um período que impacta bem mais forte que a Micareta".
Restaurantes
"Não temos um parâmetro, a pessoa que estão na avenida dificilmente saem para ir a um bar, o impacto é mais representativo para hotéis do que para os bares e restaurantes. Como a grande parcela do foliões é da cidade, a estrutura que é montada no entorno, nas barracas, o comércio informal, precisa ganhar o seu dinheiro, o que é justo, não vejo nada de anormal, até porque eles pagam pela licença, é algo legal e precisam fazer a defesa do seu ganha pão, então, para os restaurantes e bares, o impacto é bem menor em comparação aos hotéis", concluiu.
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Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão
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