Quem é das antigas, com certeza já frequentou o bar, O Parlamento em Feira de Santana, entre os anos de 1987 a 1992. Mas, o que este bar tem a ver com a Micareta? Ao Conectado News, o antigo proprietário, o empresário Wellington Andrade, conta a história do empreendimento, que revelou a cantora Ivete Sangalo.
"Repentinamente, não houve preparação, simplesmente o mesmo bar, anteriormente tinha um nome Country Bar, eu era frequentador. O proprietário ao querer encerrar as atividades, nos ofereceu a cinco empresários, eu, Almir Aquino, Bellini, Kennedy e mais uns dois, nessa brincadeira todos pularam no barco, restando apenas eu, terminei adquirindo o bar e mudando o nome".
Por que o nome parlamento?
"Minha vida política, Parlamento é lugar de parlar, conversar, dialogar, eu sempre fui muito afeito à política, já fui vereador em Feira de Santana, secretário de Cultura, sempre respirei política, O Parlamento, lugar onde as pessoas poderiam dialogar".
Artistas que passaram pelo Parlamento
"O Parlamento para mim tinha que ser o lugar onde a cultura devia fervilhar, onde os artistas pudessem mostrar sua vertentes, não só da música. No primeiro dia, abri um grande mural ao fundo do palco e contratamos um artista plástico, que desenhou uma mulher fracionada, foi uma pintura feita ao vivo para que todos pudessem ver, ao mesmo tempo, tivemos o cantor Cecé, cantando belíssimas músicas, artistas também de outro segmento, a poesia, lá tinha poetisas, poetas, declamando suas poesias, foi o único bar até hoje que eu vi fazer sua transição ao vivo para uma FM por 4 ao vivo em Feira de Santana, isso é inusitado. Os artistas que passaram por lá e posso destacar, tem o saudoso Jota Morbeck, contratado pela casa, Ivete Sangalo, em diversas entrevistas, declarou que o início de sua vida artística como cantora foi no Parlamento, mas lá ela era convidada, dava uma palhinha, dos artistas feirenses ela sempre gostava de ser acompanhada por Ouriback, Paulo Bindá no violão,, outro que ela gostava muito, sempre que ela estava em Feira, frequentava o Parlamento, Djalma Ferreira sempre fazia um dueto com ela".
Para Wellington, um bar como seu faz falta atualmente, mas afirma que não tem vontade de reabrir.
"Sim está faltando, observe que na época não existiam as grandes casas de show, mas clubes, como o Feira Tênis Clube e o Cajueiro, bares eram três ou quatro em Feira de Santana, posso citar o Balcão de Vidros, o Neos Bar, o Boca de Caranguejo, O Parlamento, eram os bares mais frequentados de Feira de Santana, atualmente falta uma coisa mais ritmista, uma voz e violão, um dueto, sempre para que as famílias possam ter a tranquilidade de assistir um show, tomar sua bebida e petiscar, o que se vê muito hoje é o Sertanejo e o Pagode, isso que envolve grandes casas. Bar agora só como cliente, como empreendedor não"
O que tinha de tão especial
"A juventude presente, a música atraía muito a juventude, esses bares foram ícones em Feira de Santana e tinham uma representatividade muito grande, sobretudo o Neos Bar, inicialmente no Sobradinho, depois foi para a Getúlio Vargas, o Balcão de Vidros, também na Getúlio Vargas, esses quatro bares tinha essa semelhança, O Parlamento funcionava na Getúlio Vargas em frente onde era o Bar do Zequinha, onde hoje é o HTO (Hospital de Traumatologia e Ortopedia) em frente à Igreja Universal do Reino de Deus".
Ouça na íntegra em nosso podcast.
Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão
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