O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho (MDB), concedeu entrevista ao Programa Levante a Voz da Rádio Sociedade News FM na manhã desta sexta (12), comentando sobre seu futuro político, após responder questionamentos a respeito da interdição das obras do prédio da Câmara Municipal.
Colbert, disse discordar do acordo feito pelo seu partido, o MDB, de apoiar a candidatura do deputado federal Zé Neto (PT) para a disputa municipal, que pelo tamanho e importância do partido, este deveria lançar candidatura própria.
"Eu disse antes e repito, sou o prefeito da cidade, sou do MDB, não é possível que o partido entregue a cabeça numa bandeja sem a perspectiva de uma candidatura própria, temos sim essa perspectiva, estou discutindo isso de forma direta com a direção nacional do partido, porque não é possível em uma cidade da importância de Feira de Santana, simplesmente ignorar a possibilidade de ter candidatura própria".
Candidatura própria não vai contra o seu discurso de unidade do grupo?
"Entendo que temos de ir todos juntos, a unidade se constitui quando você pega tudo que pode e transforma isso no uno, portanto, não vejo dificuldade em ter várias opções e dentro delas escolher a mais forte. Candidatura própria significa ter nome próprio, a construção da unidade se dá dentro das opções que temos, nesse momento, Pablo Roberto e José Ronaldo são duas opções com as quais queremos convergir, mas, se tiver uma nova alternativa, poderemos ter três alternativas, eu que sou o prefeito e sou do MDB, não entendo a vontade de entregar o partido a outro bloco partidário simplesmente para anular a perspectiva desse partido com representação própria de construir a própria unidade".
Ao ser visto com o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico (SETTDEC) Wilson Falcão e com o secretário de Mobilidade Urbana, Sérgio Carneiro na Queimadinha, indagamos ao prefeito se há um plano para lançá-los candidatos, ao qual nos respondeu que estes seriam bons nomes.
"Estivemos na CONDER (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia) entregando 80 escrituras que fazem parte de um projeto da Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia com o desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, estavam presentes vários secretários. Wilson e Sérgio são bons nomes, se forem eles, serão nomes absolutamente possíveis de participar em uma disputa adequada e de uma concorrência, vejo com bons olhos perspectivas essas presenças que você acaba de citar".
Segundo Colbert, o seu desejo de candidatura própria não significa rompimento com José Ronaldo.
"Não existe racha com José Ronaldo, há a presença de muita gente, o que quero é ter as melhores alternativas, tanto Zé Ronaldo, isso não é de agora, estamos juntos desde 2014, estivemos afastados durante um bom período, entendo que temos toda a capacidade de estarmos juntos com ele, Pablo e com quem mais pudermos para construir uma unidade partidária. É possível e necessário, para ganhar a eleição temos que entender que a perspectiva é essa, o PT em Salvador, tirou o candidato deles para colocar um de outro partido, construindo a unidade, portanto, em Feira temos sim a capacidade de construção da unidade partidária visando a eleição e a vitória.
Colbert usou o exemplo de Vitória da Conquista para questionar o acordo feito pelo MDB em Feira de Santana.
"A solução em Vitória da Conquista não foi essa, lá existe uma candidatura do MDB que continua, por que continua em Conquista, que não é administrada pelo MDB e não continua em Feira? Essa questão vem simplesmente de uma decisão ou de um pensamento, Feira tem um prefeito do MDB, pode ter uma candidatura do MDB, Conquista que não é do MDB, o partido está mantendo, portanto, não vejo dificuldades com relação a isso, Feira tem capacidade de construir alternativa partidária e não entregar a cabeça do partido ao PT".
Colbert disse ainda que desconhece a coordenação de Humberto Cedraz em Feira de Santana, e disse: "Está na hora de revermos essa posição".
"Entendo que está na hora da revermos essa posição, essas posições políticas são revistas a todo momento, desconheço essa coordenação formal em Feira de Santana, pode até existir de forma verbal, mas, entendo que o MDB é muito maior e muito mais forte do que todos nós, temos sim como construir um partido forte, só não concordo com o MDB ser entregue como uma cabeça numa bandeja para outros partidos".
Mas se ao invés do PT, fosse para José Ronaldo?
"Analiso qualquer perspectiva dentro da nossa capacidade de construir a unidade, essa construção não parte por uma e nem parte de fora, é algo interno, somos nós do partido, portanto não vai ter ninguém para dizer que vai ser A, B ou C", concluiu.
Reportagem: Luiz Santos e Hely Beltrão
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