O Carnaval mostra para o mundo projetos sociais e culturais de sucesso. Em mais uma entrevista especial da cobertura do Carnaval 2023 do Conectado News, o repórter Reginaldo Junior entrevistou Adriana Portela, a primeira regente de um bloco afro na história de Salvador, fala sobre a importância do Projeto Social, representatividade feminina e expectativa para o Carnaval da Banda Didá, que já fez participações com Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Daniela Mercury, Anitta, Marília Mendonça e Léo Santana.
"Didá é só emoção, gratidão, dois anos sem Carnaval, a pandemia veio nos orientar um pouco e valorizar a vida, depois de dois anos sem Carnaval, de cuidados, preparos para entrar na avenida, a Didá entrou no sábado (18), segunda (20) a partir do meio dia novamente com muita força, representatividade feminina, o nosso protagonismo é essencial no Carnaval, principalmente no Carnaval de Salvador, as mulheres representando essa força, Didá é o coletivo de mulheres, trabalhamos a sororidade (união das mulheres) a emancipação, está sendo gratificante, honroso e empoderado".
O tema desse ano da Banda Didá é Afrofuturismo, que busca discutir o futuro das mulheres.
"Nosso tema desse ano é Afrofuturismo, o algoritmo dos búzios, temos esse recorte como, escrevermos narrativas para o nosso futuro, não só o feminino, mas o futuro jovem, das comunidades pretas, principalmente da nossa cultura, trazendo e sempre fortalecendo a nossa ancestralidade, Afrofuturismo, o algoritmo dos búzios vem tratando justamente desse fortalecimento hoje para o futuro", disse.
Adriana Portela comenta sobre o projeto social Didá.
"A Didá é uma associação educativa cultural, é uma escola de música, trabalhamos de janeiro a janeiro, trabalhamos o ano passado todo para representarmos essa culminância nesse Carnaval, então a cada Carnaval é todo um coletivo, um trabalho do ano anterior, tudo que estamos apresentando na avenida esse ano foi o trabalho de 2022, tudo que trabalharmos agora em 2023 será apresentado em 2024 e assim sucessivamente, este ano em especial, no dia 13 de dezembro a Didá estará completando 30 anos de projeto, trajetória e construção, Maestro Negão do Samba nos honrou e deu a oportunidade a nós mulheres a estarmos aqui hoje tocando samba reggae nessa construção, nessa coletividade, há 30 anos temos esse trabalho, um compromisso com nós mesmas para a sociedade", comentou.
A regente da Banda Didá finalizou, dizendo que sentiu muita falta do Carnaval e que foi difícil ficar longe desse amor.
"Resumo em duas palavras: paixão e amor. Carnaval é um amor que do qual fiquei longe por dois anos, você não quer ficar longe do seu amor, estou amando porque o carnaval é amor, os baianos e brasileiros que gostam do Carnaval tem essa paixão, eu, Adriana, estou de volta aos braços do meu amor, que se chama Carnaval", concluiu.
Ouça.
Reportagem: Reginaldo Junior e Hely Beltrão
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