Existem motivos para comemorar?

Na história recente do Brasil quatro ocupantes da cadeira de presidente da República foram presos nos últimos sete anos. Número – no mínimo – lamentável para a história da República Federativa do Brasil.

Depois da redemocratização brasileira termos a maioria dos ex-presidentes presos sob acusação de corrupção, ou no caso de Jair Messias Bolsonaro (PL), por atentar contra a Constituição, é triste. Entre outros crimes, Bolsonaro é acusado de – quando estava no Comando da presidência e após deixar, juntamente com seus filhos e outros aliados continuaram – conspirarem contra a Nação.

Assim, a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro neste sábado, 22, mostra, sobremaneira, que ninguém está acima da lei. Mostra que todos nós devemos respeitar as leis, obedecê-las, e mais, deixa evidente que a Justiça não deve ter lado, cor ou posição social. É como se diz no popular: “o pau que dá em Chico, dá em Francisco”, ou seja, errou tem que pagar perante a justiça.

Embora vivamos um momento de grande polarização política no Brasil, por um lado, é possível concordar com as ‘comemorações’ em torno da prisão do ex-presidente Bolsonaro. Sentimento idêntico aconteceu, para alguns, quando da prisão dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Michel Temer e Fernando Collor de Melo.

Essas prisões servem, quiçá, de alerta, ainda que comemoradas. O melhor mesmo seria se esses governantes- ou quaisquer outros – não cometessem nenhum crime e todos nós pudéssemos falar, orgulhosamente, dos bons feitos, dos bons exemplos.

Que possamos ter outros motivos para comemorações sobre o passado, presente e futuro dos nossos gestores, jamais pelas peripécias praticadas por estes. Por outro lado, que possamos tirar boas lições destas prisões, e que sirvam de exemplo para outros gestores – sejam eles estaduais, municipais ou federais.

Independente de cor partidária, que todos nós, gestores ou não, andemos corretamente e obedeçamos as leis. Neste caso, que Bolsonaro possa pagar pelos erros cometidos, segundo a Justiça.