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Compositor da música “Girassol”, da banda Cidade Negra rebate falas de Tony Garrido sobre a música ser machista

Imagem: Reprodução Redes Sociais

Fonte: Brasil Billboard

O cantor e compositor Da Ghama, um dos responsáveis pela criação do hit “Girassol“, se manifestou sobre a polêmica envolvendo a canção. O compositor afirmou ter se sentido desrespeitado após a repercussão da apresentação em que Toni Garrido cantou um trecho da música com uma palavra modificada.

“Me senti altamente desrespeitado como compositor”, afirmou Da Ghama em post no Instagram. Ele fez questão de explicar o sentido original da letra, que, segundo ele, está longe de ter conotação machista.

“A ideia básica de colocar a grandeza do homem na pureza de um menino, traduzir o sentimento de fazer crítica aos homens que fazem guerra. É um hino que incentiva a positividade. Agora, coisa machista? Longe disso”.

A polêmica envolvendo a letra de “Girassol”

O debate nasceu depois que Toni Garrido, cantor da banda Cidade Negra, alterou um verso da música durante sua participação no programa “Altas Horas”, da TV Globo.

A polêmica gira em torno da linha original que, na voz de Garrido no programa, foi adaptada para “já que pra ser homem tem que ter a grandeza de uma mulher”. A mudança gerou uma discussão imediata nas redes sociais sobre o teor da letra, sendo que a frase original foi criticada pelo próprio cantor como “machista”.

Gravada em 2002 no álbum “Acústico MTV”, a canção era uma das inéditas apresentadas no álbum e foi composta pelos antigos parceiros de banda de Toni e também pelo compositores Pedro Luis (da banda Pedro Luis e a Parede), Lazão, Da Ghama e Bino Farias. Na letra original, o cantor uma “um menino” ao invés de “uma mulher”.

Toni Garrido se pronunciou sobre a dimensão que a discussão tomou, dizendo que tudo começou por causa de “uma mudança, de uma palavra”. O cantor defendeu sua escolha, explicando que o verso adaptado é uma homenagem.

Segundo Garrido, a alteração reconhece a presença e a influência de figuras femininas — como mães, irmãs ou parceiras — na formação e no equilíbrio emocional dos homens. Mesmo com a homenagem, Garrido ressaltou que a “arte é livre” e que o público pode cantar o verso como preferir: “Quem sou eu pra dizer se você pode cantar de outro jeito?”.

Apesar da defesa de Toni Garrido sobre a liberdade na arte, Da Ghama não concordou com a crítica ou com a modificação. O compositor reforçou o significado lírico da canção.

O compositor enfatizou que a intenção da letra original é poética e não tem a ver com machismo. “É uma poesia. Quando se fala do menino, é no sentido do homem que faz a guerra se colocar no lugar de um menino, de pureza”, concluiu.

Hely Beltrão

Hely Beltrão

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