Com os cabelos cortados no presídio
Por Luiz Santos, radialista e jornalista
No dia 10 de outubro, há exatos trinta dias, acompanhamos uma operação da Polícia Civil da Bahia (PCBA) cumprindo mandados de busca, apreensão e prisão em Feira de Santana e outras cidades da Bahia contra empresários do ramo de combustíveis. Esses empresários foram acusados de adulteração, sonegação fiscal e até ligação com facção criminosa.
Desde então os presos da justiça cumprem pena no Conjunto Prisional de Feira de Santana. Ao todo são 6, e na maioria, são membros da mesma família do empresário Jailson Couto Rodrigues, conhecido como Jau.
Esta semana o Conectado News (CN) conversou com uma pessoa que trabalha no presídio que contou um pouco sobre a rotina dos detentos nesse momento de adaptação ao sistema prisional. A conversa tratou sobre alimentação, vestimenta e, principalmente, corte dos cabelos.
Segundo a fonte, um dos momentos mais difíceis para os empresários foi exatamente o corte de cabelo. Alguns que gastaram milhares de reais com implantes capilares, viram em minutos, os fios caírem ao som de uma máquina de cortar cabelos, o que foi classificado por estes como “humilhante”.
E por que o corte ao dar entrada no sistema prisional? Segundo informações, essa é a regra comum. Fontes afirmam que cabelos e barbas grandes podem contribuir para proliferação de doenças, parasitas e até comprometer a integridade física da população carcerária e dos profissionais que trabalham nesses ambientes, e alguns podem até esconder armas e outros objetos nos cabelos.
Seguindo essa regra comum nos presídios, os empresários tiveram que cortar baixo os cabelos. Outra regra, segundo relato da fonte, foi humilhante para os empresários, é ter que dividir o espaço apertado das celas carcerárias e seguir as mesmas regras impostas a qualquer presidiário.




